Manifestantes bloqueiam rodovia de acesso a Marabá em protesto contra reintegração de posse na Ocupação Landi
![]() |
| Equipes da PRF acompanham o protesto e orientam o tráfego na via que permanece bloqueada Fotos: Josseli Carvalho |
O Correio de Carajás esteve presente no local e conversou com Ricardo Moreira, um dos moradores da vila. Segundo ele, um total de 254 famílias vivem há mais de 20 anos na área, que é de responsabilidade do Instituto de Terras do Pará (Iterpa).
Em sua fala, ele afirma que na terra há produção de alimentos e que as famílias se sustentam com a agricultura local e a venda de animais e produtos para o comércio de Marabá. “Veio uma liminar que determina nossa saída em dez dias, sem resposta do governo. Estamos aqui pedindo o apoio do governo e a titularização da terra como prometeram em campanha. Já corremos atrás de muitos órgãos e não tivemos resposta”, diz Ricardo.
Outro morador da ocupação, Leonardo da Conceição, ressalta que os manifestantes só liberarão a pista após uma solução definitiva. “Nós só saímos da via quando, de fato, vier alguém com um documento para assinar. Caso contrário, iremos resistir”, conclui.
O protesto bloqueia os dois sentidos da rodovia, impedindo o tráfego de veículos de carga e de passageiros. O engarrafamento já é quilométrico. Caminhoneiros relatam prejuízos com as cargas paradas e pedem que o trânsito seja liberado, ainda que parcialmente.
Ronaldo Gomes dos Santos está há mais de duas horas no trânsito, a caminho de Abel Figueiredo, transportando uma carga de calcário. “Temos que entender os dois lados. Eles estão lutando pelo documento das terras, e nós também temos que chegar com a carga ao destino certo”, diz o caminhoneiro.
![]() |
| A BR-230 foi bloqueada nas primeiras horas desta quinta-feira (30)/ Fotos: Josseli Carvalho |
Equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) estão no local acompanhando a manifestação. O trânsito segue interrompido nos dois sentidos, e não há previsão de liberação completa.
Os manifestantes aguardam a chegada de algum representante do governo estadual ou do Ministério Público com uma proposta oficial para que seja revista a situação das famílias.
Fonte: Correio Carajás


Nenhum comentário:
Postar um comentário