A queda da ponte sobre o rio Aracatú, na rodovia Transamazônica, deixou municípios do sudeste do Pará isolados. A estrutura danificada, que fica entre Pacajá e Novo Repartimento, causa transtornos na rotina de quem costuma seguir pela via, também chamada de BR-230. Quem precisa chegar a Pacajá, Altamira e Anapú, precisa seguir de avião ou em pequenas embarcações.
A dona de casa Luzinete Pires tem filhos pequenos e diz que a situação fica muito complicada por precisar desembolsar R$ 2 por pessoa para atravessar o rio. "Agora está muito difícil, porque para atravessar todo dia o rio com crianças pequenas, pagando dois reais cada um, não tem como. Um dos meus filhos vai ficar sem ir para a escola hoje. Até endireitar essa ponte vai ficar sem aula”.
Dois veículos atravessavam a ponte quando a estrutura desabou no final da manhã da última terça-feira (5): um caminhão carregado de madeira que caiu no rio, e uma caminhonete que ficou destruída. Não houve feridos graves. Segundo os moradores, a ponte é de concreto e estreita, e por ela só passa um carro de cada vez, mas os dois veículos envolvidos no acidente teriam tentado passar ao mesmo tempo.
O caminhoneiro Eliáres Matias de Alcântara, de Goiás, deveria ter chegado a Pacajá ainda na terça para entregar um carregamento de material de construção, mas com a queda da ponte, não conseguiu cumprir com o compromisso. “Não tem como passar por lugar nenhum, agora vou ter que voltar com o caminhão. Pelo prejuízo que meu patrão e eu vamos ter, alguém vai ter que arcar com essa situação”, diz o motorista.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), em Brasília, informou que já há homens e máquinas no local para realizar obras na estrada, mas não deu prazo para conclusão do serviço. O órgão informou ainda que a equipe avalia o uso de desvio ou a instalação de uma ponte provisória.
G1 PA
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