Brasil Novo Notícias: POLÍCIA CIVIL PRENDE AUTOR DO ASSASSINATO DE ADVOGADA EM SÃO FÉLIX DO XINGU

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

POLÍCIA CIVIL PRENDE AUTOR DO ASSASSINATO DE ADVOGADA EM SÃO FÉLIX DO XINGU

A Polícia Civil prendeu em flagrante, nesta segunda-feira, 25, Kenny Muller Barbosa Neves, de 18 anos, autor confesso do assassinato da advogada e fazendeira Dilamar Martins da Silva. Ele foi preso por uma equipe de policiais civis no momento em que tentava fugir do município de São Félix do Xingu, sudeste do Estado. Ele foi autuado em flagrante pelo crime de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Em depoimento, o preso confessou o crime, alegando que matou a vítima porque ela estaria lhe "perseguindo", colocando veneno em sua comida, e também não teria pagado pelos seus serviços prestados como diarista na fazenda de propriedade da vítima.
Dilamar tinha registro de advogada da Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás, mas não atuava como advogada havia mais de dez anos, e morava em São Félix do Xingu, onde era proprietária de fazendas. As investigações sobre o crime iniciaram ainda no domingo, dia 24, logo após a Polícia Civil tomar conhecimento do assassinato de Dilamar Martins da Silva. O corpo dela foi encontrado, ontem de tarde, por volta de 14 horas, por um trabalhador da fazenda. Estava totalmente carbonizado, dentro do terreno da fazenda de propriedade da vítima, de nome Maringá, a 50 metros da casa da vítima na propriedade rural. A fazenda fica a 60 quilômetros da sede do município.
De imediato, o nome do suspeito, até então identificado como Wendell, chegou ao conhecimento da equipe de policiais civis, sob coordenação do delegado Lenildo Mendes, da Superintendência da Polícia Civil do Alto Xingu, em São Félix do Xingu, responsável pela investigação. Segundo o delegado Pedro Andrade, titular da Superintendência, a vítima foi morta na quarta-feira passada e, no dia seguinte, o corpo teria sido queimado, segundo relatos já ouvidos nas investigações. As primeiras informações obtidas no curso das investigações foram de que o crime teria sido resultado de um desentendimento com a vítima. O acusado trabalhava para a vítima prestando serviços gerais de limpeza e manutenção da fazenda.
Na quinta-feira passada, um dia após o crime, ele foi embora da fazenda sem falar com ninguém. No domingo, 24, o suspeito foi visto no município. O corpo foi removido para o Centro de Perícias Científicas de Marabá para ser periciado. No local do crime, foi apreendido o objeto que teria sido usado no crime, uma enxada usada para capinar o terreno da fazenda. A ferramenta foi levada para passar por perícia. Durante as investigações, a equipe de policiais civis conseguiu informações sobre o paradeiro de Kenny Muller, que, nesta segunda-feira, foi localizado na beira do rio Xingu, no momento em que iria pegar um barco para fugir da cidade com destino a outra propriedade rural, para se esconder até "baixar a poeira". Apresentado na Delegacia do município, o acusado apresenta visíveis sinais de transtornos mentais.

CONFESSOU Ao delegado Lenildo Mendes, o preso alegou que a vítima estaria lhe "perseguindo" não lhe deixando ir embora da fazenda. Ainda, em depoimento, Kenny alegou que a fazendeira estaria lhe envenenando. Ele também afirma que não teria recebido o pagamento pelos seus serviços prestados na fazenda Maringá. Assim, resolveu premeditar o crime. Na quarta-feira passada, resolveu matar a vítima a golpes de enxada e facão pelo corpo. Em seguida, arrastou o corpo cerca de 50 metros dentro do terreno, onde queimou o corpo, usando pneus. Ainda, conforme o delegado Pedro Andrade, o acusado agiu sozinho e fugiu sem nada levar da casa da vítima. Após a autuação, o preso vai ficar recolhido no município à disposição da Justiça.

Fonte: PC/PA

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