A mortalidade feminina no Estado do Pará caiu 3,2% nos últimos dez anos.
A redução está abaixo da média nacional, onde a queda chegou a 12% no
mesmo período. A Região Norte foi a que apresentou a menor taxa de
redução do país, com 6,8%. Os dados integram os estudos do Saúde Brasil
(edição 2011), publicação do Ministério da Saúde.
No período de 2000 a 2010, o Brasil apresentou diminuição da taxa de
mortalidade de 4,24 óbitos por 100 mil mulheres para 3,72. Algumas das
principais causas da mortalidade feminina são as doenças do aparelho
circulatório, como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e o infarto, que
representam 34,2% das mortes, ficando em primeiro lugar. Entretanto, a
taxa de incidência deste tipo de doença diminuiu; o índice de doenças
cerebrovasculares em mulheres caiu de 43,87 em 2000 para 34,99 em 2010.
As doenças isquêmicas do coração, como o infarto, também tiveram a taxa
reduzida de 34,85 para 30,04.
Em mulheres com idade a partir dos 30 anos, as doenças do aparelho
circulatório e neoplasias mostraram-se como as causas mais frequentes de
óbitos. Já nas menores de 10 anos predominaram as afecções perinatais.
Entre mulheres de 10 a 29 anos de idade, as causas externas, como
acidentes e agressões, são os maiores fatores de mortes.
O estudo também apresentou a taxa de mortalidade materna de 2010 em todo
o Brasil, que chegou a 68 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos. Na
comparação com os últimos 20 anos (1990 a 2010), a mortalidade materna
no Brasil caiu 50%. Além disso, o estudo revelou um novo perfil da
população feminina, apontando para envelhecimento deste público. Entre
2000 a 2010, a taxa de fecundidade geral no Brasil caiu de 2,38 filhos
para 1,9 filho por mulher, valor inferior ao chamado nível de reposição
que é de 2,1 filhos por mulher. Em 2010, a esperança de vida das
mulheres era de 77,32 anos, enquanto a dos homens era de 69,73 anos,
correspondendo a uma diferença de mais de sete anos.
De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a redução de 12%
na taxa de mortalidade feminina 'mostra que o país tem qualificado
assistência à mulher, mas também demonstra que temos de continuar
priorizando as causas dos óbitos das mulheres, como o câncer de mama'.
FONTE: O Liberal
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