A Justiça Federal, em Altamira, Pará,
determinou reforço na segurança de bens e de pessoas presentes na área
invadida por índios e ativistas de movimentos sociais. A área invadida é
parte do Sítio Pimental, da Usina Hidrelétrica Belo Monte e os
manifestantes chegaram ao local na noite de segunda-feira (8/10) e
permanecem nesta quarta-feira (10/10). Por precaução, as obras foram
paralisadas neste ponto do empreendimento.
A decisão judicial foi dada em resposta a
ação apresentada pela Norte Energia e pelo Consórcio Construtor Belo
Monte (CCBM) para reintegração de posse da área ocupada. Na ação, a
empresa responsável pelo empreendimento e o consórcio de construtoras
contratado para executar o projeto alertam sobre a grande quantidade de
veículos pesados e de materiais que podem ser depredados. Há ainda, no
local, um paiol de explosivos que pode colocar em risco a vida de
pessoas não habilitadas a manuseá-los.
"Determino que a Polícia Federal em
Altamira coordene o trabalho de segurança das instalação adjacentes,
bens de interesse federal, especialmente quanto ao local de depósito de
explosivos", diz o juiz federal Marcelo Honorato em sua decisão. O
magistrado também determinou que, nas próximas 48 horas, a Fundação
Nacional do Índio (Funai) faça a mediação entre a Norte Energia e os
índios para uma saída pacífica dos ocupantes.
Até o momento, não foi apresentada qualquer reivindicação ou justificativa pela invasão.
Assessoria de Imprensa - Norte Energia S.A.
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