Foto: Felype Adms. |
Segundo nota enviada pela Norte Energia na tarde desta quarta-feira
(10), a Justiça Federal determinou reforço na segurança de bens e de
pessoas presentes na área invadida por índios e ativistas de movimentos
sociais no município de Altamira, que paralisaram as atividades na usina
de Belo Monte desde às 19h da última segunda-feira (9).
Indígenas, pescadores e algumas pessoas contrárias à execução da
construção integram o movimento em mais de 40 horas de ocupação do
canteiro de obras da usina. Segundo a ONG "Xingu Vivo", o principal
motivo da ocupação seria o não cumprimento de acordos firmados entre a
empresa Norte-Energia, responsável pela construção da hidrelétrica,
Ibama e comunidade.
Ainda de acordo com a nota, até o momento, não foi apresentada nenhuma
reivindicação ou justificativa pela invasão, e a decisão judicial foi
dada em resposta a ação apresentada pela Norte Energia e pelo Consórcio
Construtor Belo Monte (CCBM) para reintegração de posse da área
ocupada. A nota esclarece também que a na ação, a empresa responsável
pelo empreendimento e o consórcio de construtoras contratado para
executar o projeto alertam sobre a grande quantidade de veículos pesados
e também de materiais que podem ser depredados, além da existência de
um paiol de explosivos no local que pode colocar em risco a vida de
pessoas que não estivem habilitadas a manuseá-los de forma adequada.
Foto: Felype Adms. |
No comunicado, a decisão do juiz federal Marcelo Honorato. "Determino
que a Polícia Federal em Altamira coordene o trabalho de segurança das
instalação adjacentes, bens de interesse federal, especialmente quanto
ao local de depósito de explosivos". O magistrado também determinou que,
nas próximas 48 horas, a Fundação Nacional do Índio (Funai) faça a
mediação entre a Norte Energia e os índios para uma saída pacífica dos
ocupantes.
Diario do Pará.
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