Cerca de 150 trabalhadores que trabalhavam em regime de escravidão na
Siderúrgica do Pará (Sidepar), em Goianésia, no sudeste do Estado, foram
resgatados pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel de Combate ao
Trabalho Análogo ao de Escravo. De acordo com o Ministério do Trabalho e
Emprego, os trabalhadores foram encontrados em atividade de
carvoejamento (colheita e arraste da madeira) e como cozinheiros, em
completa informalidade, submetidos a condições de vida e trabalho
degradantes. Ao todo, foram emitidas 138 guias de seguro desemprego e 28
Carteiras de Trabalho e Previdência Social aos trabalhadores
resgatados.
Embora as siderúrgicas sejam as destinatárias finais da produção dessas
carvoarias, elas não assumem que recebem o carvão produzido de maneira
irregular - sem atender aos requisitos dos órgãos ambientais - e negam
de forma veemente que a atividade desses trabalhadores estejam ligadas à
sua produção, diz o grupo de fiscalização. Além das péssimas condições
de trabalho, os trabalhadores pernoitavam em construções precárias, sem
as mínimas condições de habitabilidade.
Depois da operação, segundo o MTE, os trabalhadores foram retirados.
Enquanto isso, os auditores fiscais procediam a emissão de autos de
infração. Paralelo a esse trabalho, os fiscais investigam o elo de
ligação dos operários com a Sidapar, o que é importante para que sejam
feitos os cálculos de rescisões.
O Liberal
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