Servidores
da Celpa decidiram, na tarde de ontem, suspender a greve que havia
começado na última terça-feira, 16. O Sindicato dos Urbanitários do Pará
seguiu recomendação da desembargadora Francisca Oliveira Formigosa, do
Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT8), que mediou negociação
entre trabalhadores e direção da Celpa, distribuidora pertencente ao
grupo Rede Energia. A suspensão do movimento é para que haja, na próxima
segunda-feira, 22, conciliação com o presidente da holding Equatorial,
Firmino Sampaio, empresa que deve assumir no início de novembro o
controle acionário da Celpa.
Os trabalhadores acataram a determinação e, em 11 assembleias,
decidiram suspender a paralisação até o dia da nova audiência, mas
permanecem em estado de greve. O movimento foi deflagrado para
pressionar o pagamento da parcela de antecipação da Participação nos
Lucros e Resultados (PLR) da empresa.
Anteontem, a Celpa já havia impetrado ação judicial para garantir o
acesso dos servidores aos locais de trabalho e, ainda, que o sindicato
mantivesse 70% do funcionalismo trabalhando no decorrer da greve. Na
audiência entre trabalhadores e direção, segundo o diretor jurídico Raul
Ferraz, 'não foi possível um acordo porque a Celpa considera o
pagamento indevido', já que a empresa não teria obtido resultados
positivos. 'Além disso, temos um contrato com a holding Equatorial, que
aguarda aprovação da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e do
Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica)', disse o diretor. No
documento, há uma cláusula que impede qualquer novo pagamento não
previsto em acordo coletivo.
Fonte: O Liberal
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