BRASIL NOVO NOTÍCIA: No PA, Justiça ouve testemunhas no caso de desmatador da Amazônia

sexta-feira, 13 de março de 2015

No PA, Justiça ouve testemunhas no caso de desmatador da Amazônia

A Justiça Federal começou a ouvir nesta quarta-feira (11), em Itaituba, no sudoeste do Pará, as testemunhas de acusação no processo que investiga o esquema fraudulento de grilagem de terras e desmatamento que teria sido comandado pelo fazendeiro Ezequiel Castanha.
O fazendeiro chegou à sede da Justiça Federal por volta de 8h30, e acompanhou os depoimentos das testemunhas, que começaram a prestar esclarecimentos cerca de uma hora depois. Estão sendo ouvidos servidores públicos que acompanharam as investigações desde o início, como agentes do Ibama e o delegado do caso.
Ezequiel Castanha foi preso em fevereiro deste ano pela Polícia Federal suspeito de comandar uma quadrilha responsável pela invasão de florestas nacionais, terras indígenas e assentamentos, além de desmatar uma área verde de 15 mil hectares. Ele acumula R$ 47 milhões em multas por crimes ambientais junto ao Ibama e tinha prisão decretada desde agosto de 2014. A prisão é resultado da operação Castanheira, realizada em agosto do ano passado com o apoio do MPF e Receita Federal.

Em uma inspeção realizada na última terça-feira (10) pelos Ministérios Públicos Federal e Estadual na cela onde está preso, no Centro de Recuperação Regional de Itaituba, foram encontrados televisão, frigobar, cafeteira, impressora, notebook e até uma bicicleta ergométrica; regalias que são proibidas pelo sistema penal. Uma equipe da Corregedoria-Geral da Superintendência do Sistema Penal do Pará (Susipe) está no município para investigar quem teria facilitado a entrada dos equipamentos na cela do fazendeiro. Segundo a Susipe, o diretor do CRG, Márcio Ferreira da Silva foi exonerado do cargo e a decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) nesta quarta-feira.
Ainda de acordo com a Superintendência, o preso permanece na mesma cela e todos os objetos proibidos pela Lei de Execução Penal e pelo regimento interno das unidades prisionais foram retirados do local ainda na terça-feira. Permaneceriam no cárcere apenas o computador portátil e uma impressora, de uso de outro detento que tem autorização da Justiça para o uso dos equipamentos.
g1 Pará

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