Ele foi liberado na noite de segunda-feira (28) por meio de alvará. Luiz
Bacelar foi preso em agosto durante operação 'Madeira Limpa'.
Luiz Bacelar foi preso no dia 24 de agosto de 2015
(Foto: Reprodução/TV Tapajós)
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Após quatro meses preso na
Penitenciária Agrícola Silvio Hall de Moura, o ex-superintendente do Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Santarém, oeste do Pará,
Luiz Bacelar Guerreiro Júnior foi solto por meio de alvará, na noite de
segunda-feira (28), conforme informou a Superintendência do Sistema
Penitenciário do Pará (Susipe).
De acordo com a Susipe, o alvará de
soltura foi expedido pelo juiz federal Antônio Carlos Almeida Campelo.
Em entrevista ao G1,
o advogado de defesa informou que Bacelar recebeu liberdade provisória após
pagar fiança de R$5 mil e deve seguir as seguintes recomendações: não se
ausentar do município por mais de 30 dias sem comunicar à Justiça; não se
comunicar com testemunhas; comparecer a todos os atos; e não exercer atividade
econômica relacionada a madeira.
Entenda
Bacelar foi preso durante a operação "Madeira Limpa" da Polícia Federal, deflagrada no dia 24 de agosto de 2015. No total, 21 pessoas foram presas suspeitas de integrar a quadrilha. O esquema envolvia empresários do ramo madeireiro e servidores públicos municipais, estaduais e federais de vários municípios do Pará, de Manaus (AM) e de Florianópolis (SC).
As investigações da Polícia Federal
duraram oito meses, tendo iniciado em 2014 e constatado que os servidores
públicos formaram um grupo que atuava em três núcleos: o primeiro concentrava
os negociantes de créditos florestais fictícios e empresas que recebiam madeira
ilegal; o segundo desmatava ilegalmente as áreas com permissão de servidores do
Incra; o terceiro vendia informações privilegiadas sobre fiscalizações de
órgãos ambientais e liberação de empresas irregulares.
Após dois dias da prisão, Bacelar foi exonerado do
cargo de superintendente do Incra. A portaria foi publicada no
Diário Oficial da União.
Segundo o Ministério Público Federal
(MPF), Bacelar permitia que empresários do ramo da madeira explorassem
ilegalmente assentamentos da região. Na época, em entrevista ao G1,
o advogado de defesa do ex-superintendente garantiu que as acusações são
improcedentes. “A acusação de que ele participa de uma organização criminosa e
que recebeu dinheiro ou vantagem, para enquadrá-lo como corrupção passiva,
iremos comprovar que é improcedente”, disse o advogado Osmando Figueiredo.
Fonte: G1/PA
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