O preço da cesta básica na região Norte aumentou 5,50% entre
outubro e novembro, chegando a R$ 479,59 – aumento de R$ 25,00 em relação ao
mês anterior, quando fechou em R$ 454,59. Foi disparada a maior alta do País e
manteve a cesta da região como a mais cara do Brasil, segundo pesquisa
realizada pela consultoria GfK e analisada pelo Departamento de Economia e
Pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Para efeito de comparação, a segunda maior elevação mensal
foi observada no Centro-Oeste (4,52%), que fechou outubro com o valor de R$
423,00. A região Sul aumentou o preço da cesta básica em 3,82%, encerrando o
mês em R$ 475,10; a Sudeste em 3,71%, resultando em R$ 418,98 o valor da cesta;
e a Nordeste, com alta de 3,32%, com cesta de R$ 371,42.
Em todo o País, a pesquisa registrou alta de alta de
4,20%, passando de R$ 417,74, em outubro, para R$ 435,29, em novembro. No
acumulado dos últimos 12 meses (entre novembro de 2014 e novembro de 2015), a
cesta Abrasmercado acumula crescimento de 15,09% (no mesmo período o IPCA subiu
10,48%). Entre as maiores altas estão itens como batata (45,57%) e tomate
(37,27%). Já as maiores quedas foram registradas por leite longa vida
(-1,70%) e biscoito Cream Craker (-1,33%). A pesquisa Abrasmercado, divulgada
ontem, avalia 35 produtos de largo consumo (alimentos, incluindo cerveja e
refrigerante, higiene, beleza e limpeza doméstica).
VENDAS
A pesquisa ainda aponta que as vendas do setor supermercadista
em novembro, em valores reais deflacionadas pelo IPCA/IBGE, apresentaram queda
de -4,31% na comparação com o mês de outubro; e queda de -7,13% em relação a
novembro de 2014. No acumulado do ano, as vendas apresentaram queda de -1,61%,
na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Em valores nominais, as vendas do setor apresentaram queda
de -3,34% em relação ao mês anterior e, quando comparadas a novembro do ano
anterior, alta de 2,60%. No acumulado do ano, as vendas nominais cresceram
7,09%.
Refletindo as dificuldades políticas e econômicas do País,
em novembro as vendas dos supermercados mostraram recuo mais uma vez. O alto
nível de desemprego em novembro, da ordem de 7,5% (contra 4,8% no mesmo mês de
2014) fez com que o rendimento real do trabalhador apresentasse uma queda de
12,2% em um ano, o que influenciou fortemente o resultado do setor.
Para o vice-presidente da Abras, João Sanzovo Neto, os
números do setor são negativos, mas estão em linha com a economia do País.
“Tanto a indústria quanto o setor de serviços deverão apresentar recuos fortes
neste ano de 2015. A nossa expectativa é de que no próximo ano, medidas
importantes do ajuste fiscal sejam aprovadas e que finalmente comecemos a sair
da crise e possamos retomar a trajetória do crescimento”, afirmou.
ORM News
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