O corpo de bombeiros teve que ser acionado
para quebrar os cadeados que prendiam a criança.
“A criança estava atrelada à cama, tivemos
que cortar com alicate o cadeado, pra poder libertar o garoto” conta o Sargento
Arcangelo do 9º Grupamento de Bombeiros Militares de Altamira
Três cadeados, correntes, comida estragada
embaixo da cama, ferimentos pelo corpo, marcas de surra com fio elétrico e um
quarto escuro, sem ventilação e sujo, essas foram as condições que um garoto de
10 anos foi encontrado em uma casa durante a tarde desta terça (22), na
periferia de Altamira região sudoeste do Pará.
O menino estava assustado e chorava após
uma surra que segundo o conselho tutelar, durou uma hora. Ele sangrava pela
orelha. A cena chocou moradores, vizinhos e equipes do Centro de Referência em
Assistência Social, a polícia militar e o corpo de bombeiros foram acionados
pelo Conselho Tutelar de Altamira.
“É inaceitável uma condição sub-humana como
essa, todos os direitos dessa criança foram violados, toda e qualquer tutela
desses pais precisa ser cancelada, vamos tirar o garoto daqui e encaminhar o
caso para a justiça imediatamente, isso é um absurdo” explicou Lucenilda Lima,
conselheira tutelar
Segundo o que apurou o Conselho Tutelar, o
garoto estava de castigo, por ter pego o celular de uma pessoa, ele foi deixado
acorrentado pela mãe e o padrasto aos cuidados de uma idosa de 54 anos. A única
alimentação que chegou para o garoto foi o café da manhã que se quer foi
consumido, pois o copo virou na cama.
“O que estamos presenciando aqui é um
cárcere privado de uma criança, uma atrocidade com os direitos desse menino”
detalhou Lucenilda.
O menino foi encaminhado para exames e
cuidados médicos na Unidade de Pronto Atendimento, os pais estão serão procurados,
o conselho Tutelar formalizou uma denúncia na Seccional Urbana de Altamira,
pelos crimes de cárcere, tortura, agressão doméstica, violação do estatuto da
criança e do adolescente entre outros.
DENÚNCIA
A equipe do Conselho Tutelar e órgãos da segurança
pública só chegaram até a residência, na Rua WE7 no Bairro Colina, após
denúncia anônima, o garoto já é um dos assistidos pelo centro, e faz
acompanhamento, segundo Kerly Gomes coordenadora do CRAS, o menino também
estava sem ir para a escola.
O Xingu230 tenta contato com os pais do
garoto, até o momento ninguém foi encontrado para comentar o caso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário