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sexta-feira, 25 de agosto de 2017

GINÁSIO DE PORTO DE MOZ REÚNE CORPOS E CIDADE MUDA A ROTINA

Foto: Magda Vrosk/Agência Pará
Na porta do ginásio de Porto de Moz (PA), uma multidão se aglomera: querem saber se o último corpo que chegou é o familiar que tanto procuram. No local, foi montado um centro de perícia, onde os corpos são identificados. O cheiro forte se espalha para fora dos muros, e para entrar lá é preciso usar duas máscaras.
"Nunca vimos algo parecido com essa tragédia. Estamos nos virando aqui", diz Richele Campos, 35, secretária municipal de Saúde, se referindo ao naufrágio que matou 21 pessoas na última terça (22).
Além do ginásio que virou centro de perícia, um centro de acolhimento de jovens é usado para prestar auxílio e apoio psicológico às famílias, e a Câmara Municipal virou o quartel-general das operações, onde Estado e município articulam os próximos passos.
Nas ruas, a maior parte dos comércios está fechada. A tragédia levou o foco para a pacata cidade, onde só dá para chegar de barco, apenas uma operadora de celular funciona, praticamente não há sinal de 3G e nenhum motociclista usa capacete. A rádio local até então só tocava música e hoje parece uma rádio de notícias.
A população se espanta com o fluxo de militares e outros funcionários públicos vindos da capital, além de jornalistas. Não acostumados a tanta gente de fora, os porto-mozenses se prontificam a ajudar os forasteiros, servindo comida e dando caronas.
Vítimas recebem atendimento em meio ao sofrimento em perder entes queridos no ginásio de Porto de Moz. 
A tragédia
O barco que afundou em Porto de Moz com pelo menos 48 pessoas a bordo na noite da terça-feira (22) foi trazido à superfície durante uma operação especial realizada nesta quinta-feira (24). As informações são da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup-PA).

Até o momento foram encontrados 21 corpos durante as operações de resgate. 23 pessoas sobreviveram e 6 ainda continuam desaparecidas. De acordo com o Corpo de Bombeiros, os corpos foram achados flutuando, a uma distância de cerca de quatro quilômetros do local onde está embarcação.

(Com informações da Folha de S. Paulo)

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