Um
sonho de vida adiado. Foi o que a jornalista Adriana Pereira, 30
anos, viveu após ser diagnosticada com o Zika vírus, em fevereiro
de 2016. Ela estava fazendo acompanhamento médico para ter o
primeiro filho, mas precisou interromper os planos quando começou a
desenvolver os sintomas da doença: febre baixa, dor nos músculos e
articulações, coceira, vermelhidão nos olhos e manchas vermelhas
na pele.
Na
maioria das vezes, a transmissão do Zika vírus ocorre através da
picada do Aedes aegypti, mesmo mosquito que transmite febre amarela,
dengue e chikungunya. Mas já existem casos de pessoas que foram
contaminadas através da relação sexual sem uso de preservativo.
Uma
das maiores complicações do Zika vírus ocorre quando a gestante é
contaminada, o que pode causar microcefalia, uma grave doença
neurológica, no bebê. Foi isso que fez Adriana adiar o sonho
de ser mãe. "Parei de tomar anticoncepcionais e queria muito
que meu filho nascesse ainda em 2016, mas, após meu diagnóstico, os
médicos foram categóricos e disseram que eu deveria esperar, pelo
menos, seis meses para engravidar".
Adriana e o marido comemoraram o primeiro mês de vida de Pedro com festa em casa (Foto: arquivo pessoal) |
Adriana
e o marido começaram a buscar informações sobre a doença e
decidiram não arriscar. "Voltei a tomar contraceptivos.
Acompanhávamos as notícias e tínhamos muito medo da
microcefalia". A jornalista esperou oito meses após
o diagnóstico para engravidar, mas o receio continuava. "Depois
que tive a doença, continuei usando repelente todo dia, passava a
cada hora, para evitar ser picada pelo mosquito. Eu tinha repelente
na bolsa, no carro e em casa. Fiquei paranoica", conta.
Fonte:
DOL
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