Nos últimos 14 anos, 9.853 pessoas foram resgatadas de condições análogas às de escravo só no Estado do Pará. (Foto: MPT/Divulgação) |
Nos
últimos 14 anos, 9.853 pessoas foram resgatadas em condições
análogas às de escravo no Pará. A grande maioria era do sexo
masculino, com idade entre 18 a 24 anos, declarados pardos, mulatos,
pretos ou mestiços.
Na
região Norte, Pará e Amapá aparecem, respectivamente, no primeiro
e último lugar do ranking com relação ao número de operações e
resgates, naturalidade e residência declarada dos trabalhadores.
A
região Norte acumula 14.330 ocorrências de resgates em 608
operações realizadas, desde 2003, ano de lançamento do 1º Plano
Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo.
O
sudeste paraense é a região com os maiores índices, no período de
2003 a 2017. Já o município de Ulianópolis foi o que registrou
maior número de resgates, com 11 operações realizadas e
aproximadamente 1.288 resgatados. Em seguida estão os municípios de
São Félix do Xingu (813 resgates) e Marabá (643 resgates).
O
município de Redenção apresentou o maior número de residentes, ou
seja, trabalhadores que declaram residir no local, com 488 casos;
seguido de Itupiranga (142), Paragominas (318) e Goianésia do Pará
(299).
Os
maiores índices de inspeções no Pará foram registrados nos
municípios de São Félix do Xingu (89), seguido de Marabá (61) e
Rondon do Pará (57).
O
Pará lidera o ranking nacional com maior número de resgates (9.853)
e fica na 3ª colocação no quesito naturalidade dos trabalhadores
(2.989) e em 2º no quesito residência declarada (5.242).
Já
o Amapá aparece na 25ª posição do ranking em relação ao número
de resgates (26). Quanto à naturalidade, do total de resgatados,
apenas quatro são naturais do Amapá, dois deles nascidos em Macapá,
um em Pedra Branca do Amapari e outro em Santana. Quanto ao número
de residentes em cada município, apenas 13 declararam residir em
Santana, cinco em Macapá, dois em Mazagão, um em Itaubal e um em
Oiapoque.
Os
dados são do Observatório Digital do Trabalho Escravo, uma
iniciativa multidisciplinar nascida da cooperação entre o
Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Organização
Internacional do Trabalho (OIT).
Fonte:
DOL
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