Brasil Novo Notícias: Bancários voltam ao trabalho no Pará

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Bancários voltam ao trabalho no Pará


Bancários de instituições privadas e também do Banco do Brasil e da Caixa no Pará decidiram ontem, em assembleia geral no Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá, terminar a greve iniciada no dia 30 e retonar às agências hoje. Porém, os servidores do Banco da Amazônia permanecem em greve. Em assembleia na sede da entidade sindical, esses bancários decidiram manter o movimento grevista porque, apesar dos avanços nas negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na proposta apresentada ontem pela diretoria do Banco não é contemplado o patrocínio do plano de saúde dos servidores, que dispõem hoje de reembolso das despesas médicas pelo banco; a instituição não garantiu a participação dos empregados nos lucros e resultados e o plano de cargos, carreiras e salários dos funcionários não contempla a todas as categorias funcionais no banco. O fim da greve nos bancos privados, Caixa e Banco do Brasil, como destacou a presidente do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim, ocorreu porque os funcionários dessas instituições financeiras aceitaram a proposta da Fenaban: pagamento de 8,5% de reajuste salarial; 9% de piso salarial para a categoria, que passa a ser de R$ 1.796,00; 12,2% do valor do tíquete-refeição (agora, R$ 572,00 ao mês) e mais cláusulas específicas. Propõe a Fenaban a compensação dos dias parados durante a greve, na forma de uma hora por dia no período de 15 de outubro a 31 de outubro, para quem trabalha seis horas, e uma hora por dia no período entre 15 de outubro e 7 de novembro, para quem trabalha oito horas.

No caso do Banco do Brasil, são a substituição de gerente de módulo nas PSO - Módulo Suporte Operacional (SOP) por caixas; substituição de funções gerenciais nas unidades de negócios com somente uma gerência média; contratação de dois mil funcionários, sendo mil até 31 de dezembro de 2014 e mil até 31 de dezembro de 2015; o banco retroagirá a 1º de setembro de 2005 a pontuação de mérito dos caixas - os efeitos financeiros e o pagamento serão retroativos a 1º de setembro deste ano; elevação do valor da unidade de saúde de R$ 0,36 para R$ 0,55 (52%); o BB pagará Vantagem em Caráter Pessoal (VCP) por 120 dias para descomissionamentos de funcionários que tenham mais de cinco anos na comissão; pagamento em dinheiro de todas as horas extras prestadas (fim do banco de horas) e pagamento do vale-transporte em dinheiro.

Entre as conquistas na Caixa figuram a contratação de dois mil novos trabalhadores até dezembro de 2015; manutenção no Saúde Caixa da condição de dependente indireto a filhos com idade entre 21 e 27 anos incompletos que não possuam qualquer renda superior a R$ 1.800,00; manutenção, na condição de dependente direto, dos filhos portadores de deficiência permanente e incapazes, com idade superior a 27 anos, enquanto solteiros e sem renda proveniente de salário; ampliação do Vale-Cultura para empregados; manutenção da prorrogação da jornada de trabalho, assegurando-se o pagamento, com adicional de 50% sobre o valor da hora normal, ou a compensação das horas extraordinárias realizadas na proporção de 1 hora realizada para 1 hora compensada e igual fração de minutos; a partir de janeiro de 2015, pagamento de 100% das horas extras realizadas em agências com até 20 empregados; a Caixa passará a pagar 100% das horas extras realizadas pelos tesoureiros lotados em agência com até 20 empregados; serão oferecidas bolsas de incentivo à elevação da escolaridade, na seguinte forma: até 300 para graduação, até 500 para pós-graduação e até 800 para idiomas.


nacional


Depois de uma semana em greve, os bancários aprovaram a nova oferta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), apresentada na sexta-feira, e decidiram, no início da noite de ontem encerrar a paralisação iniciada em 30 de setembro. Assim, os serviços nas agências devem se normalizar a partir desta terça-feira. As informações são do Portal G1.

Os funcionários da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, contudo, podem continuar parados em algumas localidades. É o caso de Porto Alegre, onde os funcionários do BB rejeitaram os termos propostos pelo banco e votaram pela continuidade da paralisação. O mesmo aconteceu com os funcionários da Caixa no Amapá, que votaram contra o fim da paralisação na instituição.

Nos bancos privados, de uma maneira geral, decidiu-se pelo fim da greve. No Rio, capital, até às 20h os empregados dos bancos privados e do BB já haviam votado pelo fim da greve, mas não havia ainda decisão por parte dos bancários da Caixa.

A nova proposta da Fenaban contempla reajuste salarial de 8,5% (ou um aumento real de 2,02% já descontado o INPC em 12 meses até agosto), contra 7,35% oferecidos originalmente. Para o piso da categoria, o reajuste subiu de 8% para 9% (2,49% mais que a inflação), e o valor do vale refeição terá correção de 12%.

“Fizemos uma greve forte durante sete dias, que mobilizou os trabalhadores e fez com que os bancos mudassem sua posição. Conquistamos reajuste de 8,5% e piso de 9%. Com esse índice, em 11 anos, são 20,7% de ganho real nos salários e 42,1% nos pisos. Tivemos ainda valorização da PLR, além de um reajuste expressivo para o vale-refeição”, disse a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira.

Depois de reunir-se com dirigentes dos bancos e ouvir as novas propostas, na sexta-feira, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) havia orientado os sindicatos a defender nas assembleias a aprovação das novas propostas de correção de salários. Assembleias ainda não foram encerradas em algumas regiões, mas a tendência, segundo dirigentes sindicais, é a aprovação do fim da paralisação.

O Liberal

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