De acordo com dados do IBGE, de cada mil bebês nascidos vivos em 2014, 17,7% não resistiram. (Foto: Divulgação) |
A mortalidade infantil é um assunto
preocupante e que vem sendo debatido em todas as regiões do país. No Pará, o
alto índice de bebês que morrem antes dos 30 dias de vida é ainda mais
alarmante. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), de cada mil bebês nascidos vivos em 2014, 17,7% não resistiram.
Outro dado preocupante é com relação
ao número de cesarianas realizadas no Brasil. Segundo Pesquisa Nacional de
Saúde, divulgada pelo Ministério da Saúde, em parceria com o IBGE, 54,7% dos
partos realizados no Brasil são cesáreas, número muito acima da recomendação da
Organização Mundial de Saúde que é de 15%. Fora do Sistema Único de Saúde o
número é mais impressionante ainda, chegando a proporção de 88%.
“O que temos visto nas últimas
décadas é a banalização desse tipo de cirurgia. Mas sabemos que ela pode
aumentar em 24% o risco de mortalidade neonatal e aumenta em três vezes o risco
de mortalidade materna”, explica o presidente da Associação Brasileira de
Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras / Secção Pará, Horário Bastos.
Ainda segundo a pesquisa, 53,5% das
cesarianas realizadas no Brasil são marcadas com antecedência, ou seja, antes
da mulher entrar em trabalho de parto. Na rede particular de saúde esse número
é ainda maior, chegando a 74,2%.
O assunto é um dos temas abordados
no IX Congresso Brasileiro de Enfermagem Obstétrica e Neonatal (COBEON) e
III Congresso Internacional de Enfermagem Obstétrica e Neonatal (CIEON), que
realizados pela primeira vez na região Norte
Fonte: DOL
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