(Foto: Glaydson Castro / TV Liberal) |
A precariedade da
assistência em aldeias indígenas no sudoeste do Pará foi tema de uma reunião em
Altamira com índios de várias etnias e o novo coordenador do Distrito Sanitário
Especial Indígena (Dsei) do município na última segunda-feira (8).
Entre as
reclamações das lideranças está a falta de técnicos em enfermagem para atender
a 43 aldeias da região de Altamira; três delas recentes ainda em processo de
reconhecimento pela Fundação Nacional do Índio (Funai). Atualmente, há uma
rotatividade entre os técnicos para atender as comunidades indígenas.
“Tem aldeias que
têm um acesso um pouco melhorado, mas na maioria das comunidades o acesso é
muito difícil. Quando temos uma enfermidade de uma gravidade um pouco elevada,
só é possível fazer uma remoção aérea, aí depende de recurso e de planejamento.
Hoje, com essa turbulência política é uma questão que nos deixa muito
preocupados com a saúde indígena”, afirmou o cacique Rodrigo Curuaia.
As comunidades
indígenas de Altamira também sofreram com um recente surto de gripe: cinco
tipos de vírus foram detectados entre crianças e adultos. Oito crianças
indígenas morreram em apenas um mês.
Em maio desse ano,
os índios fizeram protestos para questionar a exoneração do antigo coordenador
do Dsei. Eles chegaram a ocupar o prédio do Distrito para exigir que o cargo
fosse ocupado por representantes dos índios.
“A gente fica com
aquela preocupação de não dar certo. Primeiro porque o cidadão não é da região,
então, isso preocupa as lideranças e as pessoas mais velhas que estão dentro da
aldeia, acostumadas com as pessoas que já conhecem, que já estão trabalhando.
Esse é o maior receio da comunidade indígena nesse momento”, esclareceu o líder
indígena José Carlos Arara.
O novo coordenador
do Dsei, Renato Silva, é advogado com atuação na área do direito ambiental e
foi nomeado para o cargo há uma semana.
“Isso não é
novidade, não é o primeiro processo que eles têm de mudança de coordenação. É
um processo natural, que tem que ser discutido e aproveitados os debates e as
propostas. Esse espaço foi criado para isso e então, esse entedimento para mim
é razoável, a gente está trabalhando para dirimir essas dúvidas ao longo do
nosso encaminhamento”, ponderou Silva.
As informações são do G1 Pará.
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