Treze
policiais que tiveram a prisão preventiva decretada pela justiça
por suspeita de envolvimento na chacina de Pau D’Arco que aconteceu
em 24 de maio de 2017, foram soltos na madrugada desta quarta-feira
(09) em Belém. Por volta da meia noite juiz Jun Kubota da Comarca de
Redenção, decretou suspensão imediata da prisão dos onze
policiais militares e dois policiais civis acusados de participar da
ação que resultou na morte de dez trabalhadores rurais.
Em
sua decisão, o juiz optou por não renovar as temporárias ou
expedir prisões preventivas, como era o esperado no caso. Um pedido
feito por um promotor alegava que era necessária a manutenção das
prisões para o prosseguimento das investigações. Contudo, segundo
o juiz, não há necessidade de manter os acusados presos, e eles
devem ser soltos imediatamente.
Com
encerramento do prazo de 30 dias, o Ministério Público do Estado
chegou a pedir prorrogação das prisões, mas a justiça negou o
pedido. Até o final dessa semana deve sair o laudo técnico da
reconstituição do crime realizada no mês de julho.
Chacina
A
chacina de Pau D’Arco, como o crime ficou conhecido, aconteceu no
dia 24 de maio, na fazenda Santa Lúcia. Um grupo de policiais civis
e militares foi até a fazenda para dar cumprimento a mandados de
prisão de suspeitos de envolvimento na morte de Marcos Batista Ramos
Montenegro, um segurança da fazenda que foi assassinado no dia 30 de
abril.
De
acordo com a polícia, os assentados tinham um arsenal de armas de
fogo e reagiram à presença dos policiais. Houve troca de tiros, que
resultou nas mortes. Mas familiares das vítimas e sobreviventes
alegam que a ocupação da fazenda era pacífica, que os policiais
chegaram de forma truculenta e atiraram sem provocação.
Segundo
a Comissão de Direitos Humanos da Alepa, no dia em que os posseiros
foram mortos, policiais envolvidos na operação retiraram os corpos
antes que a perícia fosse realizada.
Fonte:
G1/PA
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