Uma Pesquisa Nacional do Ministério da Saúde, em conjunto com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou recentemente que metade dos brasileiros não tem o hábito de usar o cinto de segurança no banco traseiro do veículo. Na Região Norte, os números são mais preocupantes: apenas 36,7% disseram fazer uso do acessório que diminui os riscos de morte em caso de acidente.
A falta de uso do equipamento de segurança por todos os integrantes do veículo é infração grave, segundo o Código Brasileiro de Trânsito, gera multa de R$ 130 reais e a perda de cinco pontos na carteira de habilitação. Dependendo do caso, ocorre até a apreensão do veículo para regularização do acessório. De acordo com o inspetor da Polícia Rodoviária Federal, Max Silva, o item diminui as chances de morte em casos de acidentes automobilísticos evitando, ainda, a projeção do corpo do passageiro no banco de trás para fora do veículo.
Para ele, muito mais que pensar em uma possível multa, é necessário que o condutor preserve a sua vida e a dos seus passageiros. Nas estradas, o inspetor relatou ainda uma atitude muito comum, que é de utilizar o cinto no banco de trás apenas para não ser parado e multado. “No Brasil, as pessoas não utilizam o cinto de segurança no banco de trás por uma questão cultural. O item é usado apenas pelo integrante no banco da frente, porque ficam mais visíveis à fiscalização. Muitos condutores, quando avistam uma blitz ou fiscalização, já orientam os passageiros de trás a colocarem os cintos e depois tiram. Você não tem como prever um acidente. As pessoas pensam que estão enganando a fiscalização, mas estão enganando a si próprias”, relatou o inspetor da PRF.
Max diz que a fiscalização da PRF nas estradas federais do Pará é constante. Somente de janeiro a junho deste ano, 306 condutores foram multados por não usar cinto de segurança e 815 passageiros não usavam o acessório, totalizando 1.121 multas neste período. “Para se ter ideia, estudos técnicos apontam que uma pessoa em média com 70kg, a uma velocidade de 50km/h, tem seu peso aumentado em 15 vezes. Ou seja, o corpo pode ser arremessado com quase uma tonelada de peso”, explicou.
(Diário do Pará)
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