Em Parauapebas, no sudeste do Pará, cerca de 900 trabalhadores paralisaram as atividades de uma obra do programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal. O motivo seria o atraso no pagamento dos funcionários.
Os operários não foram trabalhar na quarta-feira (22). De acordo com o sindicato da categoria, os salários que deveriam sair no último dia 7 ainda não foram pagos.
“É muito complicado, porque quando chega uma situação dessas, isso gera uma demanda social muito grande dentro do nosso município. Falta comida na mesa do trabalhador, a esposa cobra, o filho pede e ele não tem de onde tirar porque onde ele trabalha não está recebendo”, explica Francisco Martins da Costa, primeiro secretário do sindicato.
O diretor da construtora afirma que os atrasos nos pagamentos dos salários dos trabalhadores ocorrem porque a empresa não tem recebido os repasses do Governo Federal e nos últimos meses tem usado outros recursos para pagar os empregados.
“Nós conseguimos uma verba provisoriamente para solucionar o problema, até vir esse recurso pendente da Caixa. Esses recursos pendentes estão desde maio para ser repassado para nós”, disse Rubens Nakano, diretor da construtora.
No local estão sendo construídos 2.400 apartamentos que vão beneficiar famílias com renda mensal de até R$ 1.600. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Parauapebas, esta foi a quinta paralisação da obra este ano por causa do atraso no pagamento dos salários.
As paralisações já comprometeram o cronograma de entrega da obra. De acordo com a empresa responsável, 1008 apartamentos que deveriam ficar prontos e serem entregues em novembro, passam a ter nova data para conclusão.
G1 Para
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