BRASIL NOVO NOTÍCIA: NO SUL DO PARÁ, GARIMPEIROS INTERDITAM PA-279 PELO SEGUNDO DIA

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

NO SUL DO PARÁ, GARIMPEIROS INTERDITAM PA-279 PELO SEGUNDO DIA

Garimpeiros bloqueiam a rodovia PA-279 pelo segundo dia, no sul do Pará. Os manifestantes ocuparam a rodovia na terça-feira (24) em protesto a ação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) durante uma operação de combate ao garimpo ilegal na região. A interdição ocorre à beira do Rio Caeteté, a 23 quilômetros da sede do município, entre Ourilândia e Água Azul do Norte. Segundo os manifestantes a rodovia será liberada por uma hora, a cada 12 horas.
Agentes do Grupo Especializado de Fiscalização (GEF) do Ibama realizaram operação de combate a garimpos de ouro na Terra Indígena Kayapó, no sul do Pará. Em três dias, com apoio de três aeronaves, foram destruídas 12 balsas de mergulho, 1 balsa escariante, 12 escavadeiras hidráulicas, 4 motobombas e 1 caminhão carregado de toras. Os agentes ambientais também apreenderam em acampamentos de garimpeiros uma arma, uma mira de precisão para espingarda e aproximadamente 700g de mercúrio.
Segundo Bluno Jeferson Alves, secretário da Cooperativa dos Garimpeiros de Ourilândia do Norte e Região, a intenção do movimento é de ter um canal de diálogo entre as autoridades e a classe.
os garimpeiros buscam a legalidade da profissão em áreas da região, fora de Terras Indígenas, além dos reparos dos danos matérias resultado da operação do Ibama” afirmou.
Os manifestantes também denunciam os excessos cometidos pelos agentes do Ibama na região. Segundo os manifestantes, durante uma operação, agentes teriam ateado fogo em maquinários em áreas de garimpo, causando um prejuízo de aproximadamente R$ 9 milhões.
De acordo com o Ibama, a inutilização de equipamentos ocorre em caráter excepcional, quando há constatação de ilícitos especialmente em áreas protegidas como Terras Indígenas e Unidades de Conservação, em razão da impossibilidade logística para sua remoção e com o objetivo de impedir a continuidade do dano ambiental. Durante a operação, agentes do órgão constataram que um dos maquinários estava abrindo frente a uma área isolada, por isso optaram para a destruição do veículo.
A ganância pelo ouro coloca em risco a terra indígena, reduto de biodiversidade e da cultura do povo Kayapó. O garimpo destrói o curso d'água, contamina rios com mercúrio, desmata a floresta, degrada o solo e provoca a caça de animais silvestres”, diz o biólogo Roberto Cabral, que coordenou a operação do GEF.
Fonte: G1 Pará

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