Um decreto assinado no dia 10 pelo presidente
Jair Bolsonaro prorrogou por um mês o emprego das Forças Armadas na proteção da
faixa de fronteira, nas terras indígenas, nas unidades federais de conservação
ambiental e em outras áreas federais da Amazônia Legal, região que abrange nove
estados.
Com
isso, a Operação Verde Brasil 2, com o emprego de tropas no combate ao
desmatamento, fica autorizada a funcionar até 10 de julho. O decreto
com a prorrogação foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) de
quarta-feira (10), último dia do prazo original de um mês dado para as Forças
Armadas atuarem na região sob o regime de Garantia da Lei e da Ordem.
A
prorrogação da operação por um mês já havia sido adiantada nesta semana
pelo vice-presidente Hamilton Mourão, que hoje está à frente do Conselho da
Amazônia. Ele disse, porém, que o ideal seria que a fiscalização da região se
tornasse permanente.
“Não
adianta só termos operações por um mês ou dois meses. Ideal era estabelecer
vinte bases permanentes de fiscalização na região amazônica”, afirmou na
segunda-feira (8), em Cuiabá.
A
operação das Forças Armadas na Amazônia Legal tem um orçamento inicial
de R$ 60 milhões e envolve um efetivo de 3,8 mil profissionais, 110 viaturas,
20 embarcações, 12 aeronaves e conta com bases em Belém, Porto Velho e Cuiabá.
Combate
ao desmatamento
As
forças federais atuam na proteção de fiscais do Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes
de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que atuam no combate ao desmatamento
e às queimadas ilegais.
Nesta
semana, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), ligado ao
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, revisou para cima os dados do
desmatamento na Amazônia Legal referentes ao período entre agosto de 2018 e
julho de 2019.
A
partir de análise de 229 imagens geradas pelo Projeto de Monitoramento do
Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), o Inpe elevou de 9.762
km2 para 10.129 km2 a estimativa de desmatamento. Com isso, subiu para 34,4% a
variação na taxa de desmate, em comparação com o mesmo período do ano anterior
Fonte:
Agência Brasil
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