Crédito: Agência Pará |
O deputado estadual Delegado Caveira (PP)
protocolou, na manhã desta segunda-feira, 15, um pedido de impeachment contra o
governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), na Assembleia Legislativa do Estado
(Alepa). O deputado federal Éder Mauro (PSD) também entrou com pedido de
afastamento de Barbalho.
Segundo o deputado Caveira, a motivação do processo
seria as inúmeras denúncias de corrupção envolvendo o governador. “O que mais
mata no Brasil é corrupção. No governo Helder Barbalho, são várias denúncias:
respiradores, cestas básicas, lanchão, jardins da cultura, garrafas pets e
outros”, diz ele, em um vídeo postado nas redes sociais.
O deputado estadual Delegado Caveira (PP)
protocolou, na manhã desta segunda-feira, 15, um pedido de impeachment contra o
governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), na Assembleia Legislativa do Estado
(Alepa). O deputado federal Éder Mauro (PSD) também entrou com pedido de
afastamento de Barbalho.
Segundo o deputado Caveira, a motivação do processo
seria as inúmeras denúncias de corrupção envolvendo o governador. “O que mais
mata no Brasil é corrupção. No governo Helder Barbalho, são várias denúncias:
respiradores, cestas básicas, lanchão, jardins da cultura, garrafas pets e
outros”, diz ele, em um vídeo postado nas redes sociais.
A iniciativa dos deputados veio após as manifestações que ocorreram neste domingo, 14, pedindo o impeachment do
governador. De acordo com os manifestantes, a compra errada dos
respiradores seria um ato genocida com a população paraense.
Éder Mauro lembra das pessoas mortas por conta da
negligência do governador, que segundo ele, violou "todos os princípios
administrativos". “Dentre os motivos do impeachment nós temos a questão da
fraude dos respiradores, que foram adquiridos e chegaram aqui e não tinham
nenhuma função hospitalar. E mesmo que o dinheiro fosse devolvido ao cofre do
Estado, não iria trazer a vida das pessoas que morreram na ausência dos
respiradores”, afirmou o deputado federal.
Compra de respiradores investigada pela
PF
No dia 10 de junho deste
ano, a Polícia Federal foi até a casa
de Helder Barbalho com um mandado de busca e apreensão em uma operação que
investiga fraudes na compra de respiradores pulmonares com valor de R$ 50,4
milhões de reais. Além da casa de Helder, a PF investigou
secretarias de Estado de Saúde, Fazenda e Casa Civil do Estado do Pará.
Durante a investigação
foram encontrados indícios que o negócio ocorreu de forma fraudulenta. As
informações obtidas pela PF corroboram para existência de uma associação
criminosa que, durante a pandemia da covid-19, encontrou oportunidade para
obter indevidamente vultosos valores com a venda de material e equipamento
médico/hospitalar para entes públicos.
Superfaturamento na compra de cestas
básicas para estudantes
Além da corrupção na
compra dos respiradores, o Portal Roma News denunciou
uma empresa fantasma, contratada
pelo Governo do Pará como fornecedora de 535.700 cestas de alimentos para
escolas da rede pública.
A reportagem esteve no
local em que supostamente ficava a sede da empresa Kaizem Comércio e
Distribuição de Produtos Alimentícios, e encontrou apenas uma casa com paredes
pichadas e muito mato ao redor. Apesar da aparência de ser uma casa fechada e
do capital social de apenas R$ 79 mil, a empresa é uma espécie de “faz tudo”,
segundo a descrição de suas atividades, e foi contemplada com um contrato de R$
74 milhões do governo estadual.
Aluguel milionário de ambulâncias
Após o escândalo das
cestas básicas para estudantes e da compra de respiradores inadequados, Helder voltou a chamar atenção com um contrato milionário tendo como
justificativa as medidas de combate à pandemia de covid-19.
Dessa vez, foram gastos
quase R$ 8 milhões no aluguel de oito ambulâncias para transportar pacientes
para os hospitais de campanha nos municípios de Belém, Marabá, Breves e Santarém.
Após a denúncia, Helder
cancelou o contrato com a empresa de forma tímida através das redes sociais.
Mais um contrato milionário, dessa vez
de garrafas pet vazias
No dia 24 de março,
Helder realizou de novo uma compra com suspeita de superfaturamento e com
dispensa de licitação. Dessa vez, foram gastos quase R$2 milhões
em garrafas pet vazias. O contrato da compra está disponível no Portal da
Transparência covid-19.
Com o objetivo de
envasilhar álcool etílico 70%, 1.140.000 (um milhão cento e quarenta mil)
recipientes de 240ml foram comprados no valor de R$ 1.710.000,00. Sendo assim,
cada unidade saiu por R$1,50.
Toucas cirúrgicas superfaturadas
Outro escândalo
milionário envolvendo ações de combate à covid-19 no Pará foi a compra de toucas descartáveis para uso nos hospitais.
A Secretaria de Estado
de Saúde Pública (Sespa) contratou a empresa Levon Materiais de Construção e
Pré-Moldados Ltda., uma microempresa com sede no bairro da Cidade Velha, em
Belém, para fornecer 600 caixas de “gorro descartável com elástico”, contendo 50
unidades em cada uma delas. O valor da compra? R$ 97.500,00, ou seja, cada
caixa sairia por R$ 162,50 e cada gorro por R$ 3,25.
A reportagem do Portal
Roma News fez essa pesquisa e encontrou o mesmo tipo de gorro, com base na
especificação do Portal da Transparência, por até R$ 0,89. Foram consultados
três grandes portais de fornecimento dos chamados EPI (Equipamentos de Proteção
Individual), o Dental Cremer, o Cirúrgica Zona Sul e o Medjet.com.
Dinheiro na caixa térmica
A Polícia Federal apreendeu R$
750 mil reais escondidos dentro de uma caixa térmica na casa de Peter Cassol,
secretário-adjunto de Gestão Administrativa da Secretaria de Saúde do Pará
(Sespa), durante a operação
“Para Bellum”, deflagrada no dia 10 de maio, na casa de Helder Barbalho, no
Palácio dos Despachos (sede do governo do Pará) e nas secretarias de Estado de
Saúde, Fazenda e Casa Civil. Cassol acabou exonerado do cargo após a
investigação da PF.
Cabide de emprego no TCM
O Tribunal de Contas dos
Municípios do Pará (TCM-PA) mantém mais de 250 funcionários, boa parte
contratados sem concurso público, como determina a legislação brasileira. Parte desses funcionários são
parentes do governador Helder Barbalho (MDB) com remunerações de causar inveja
a qualquer alto funcionário de grandes empresas privadas.
A tia do governador,
Mara Lúcia Barbalho da Cruz, por exemplo, exerce a função de conselheira com
salário bruto de R$ 35,4 mil, como comprova o Portal da Transparência do órgão.
Éder Mauro lembra das pessoas mortas por conta da
negligência do governador, que segundo ele, violou "todos os princípios
administrativos". “Dentre os motivos do impeachment nós temos a questão da
fraude dos respiradores, que foram adquiridos e chegaram aqui e não tinham
nenhuma função hospitalar. E mesmo que o dinheiro fosse devolvido ao cofre do
Estado, não iria trazer a vida das pessoas que morreram na ausência dos
respiradores”, afirmou o deputado federal.
Compra de respiradores investigada pela
PF
No dia 10 de junho deste
ano, a Polícia Federal foi até a casa
de Helder Barbalho com um mandado de busca e apreensão em uma operação que
investiga fraudes na compra de respiradores pulmonares com valor de R$ 50,4
milhões de reais. Além da casa de Helder, a PF investigou
secretarias de Estado de Saúde, Fazenda e Casa Civil do Estado do Pará.
Durante a investigação
foram encontrados indícios que o negócio ocorreu de forma fraudulenta. As
informações obtidas pela PF corroboram para existência de uma associação
criminosa que, durante a pandemia da covid-19, encontrou oportunidade para
obter indevidamente vultosos valores com a venda de material e equipamento
médico/hospitalar para entes públicos.
Superfaturamento na compra de cestas
básicas para estudantes
Além da corrupção na
compra dos respiradores, o Portal Roma News denunciou
uma empresa fantasma, contratada
pelo Governo do Pará como fornecedora de 535.700 cestas de alimentos para
escolas da rede pública.
A reportagem esteve no
local em que supostamente ficava a sede da empresa Kaizem Comércio e
Distribuição de Produtos Alimentícios, e encontrou apenas uma casa com paredes
pichadas e muito mato ao redor. Apesar da aparência de ser uma casa fechada e
do capital social de apenas R$ 79 mil, a empresa é uma espécie de “faz tudo”,
segundo a descrição de suas atividades, e foi contemplada com um contrato de R$
74 milhões do governo estadual.
Aluguel milionário de ambulâncias
Após o escândalo das
cestas básicas para estudantes e da compra de respiradores inadequados, Helder voltou a chamar atenção com um contrato milionário tendo como
justificativa as medidas de combate à pandemia de covid-19.
Dessa vez, foram gastos
quase R$ 8 milhões no aluguel de oito ambulâncias para transportar pacientes
para os hospitais de campanha nos municípios de Belém, Marabá, Breves e Santarém.
Após a denúncia, Helder
cancelou o contrato com a empresa de forma tímida através das redes sociais.
Mais um contrato milionário, dessa vez
de garrafas pet vazias
No dia 24 de março,
Helder realizou de novo uma compra com suspeita de superfaturamento e com
dispensa de licitação. Dessa vez, foram gastos quase R$2 milhões
em garrafas pet vazias. O contrato da compra está disponível no Portal da
Transparência covid-19.
Com o objetivo de
envasilhar álcool etílico 70%, 1.140.000 (um milhão cento e quarenta mil)
recipientes de 240ml foram comprados no valor de R$ 1.710.000,00. Sendo assim,
cada unidade saiu por R$1,50.
Toucas cirúrgicas superfaturadas
Outro escândalo
milionário envolvendo ações de combate à covid-19 no Pará foi a compra de toucas descartáveis para uso nos hospitais.
A Secretaria de Estado
de Saúde Pública (Sespa) contratou a empresa Levon Materiais de Construção e
Pré-Moldados Ltda., uma microempresa com sede no bairro da Cidade Velha, em
Belém, para fornecer 600 caixas de “gorro descartável com elástico”, contendo 50
unidades em cada uma delas. O valor da compra? R$ 97.500,00, ou seja, cada
caixa sairia por R$ 162,50 e cada gorro por R$ 3,25.
A reportagem do Portal
Roma News fez essa pesquisa e encontrou o mesmo tipo de gorro, com base na
especificação do Portal da Transparência, por até R$ 0,89. Foram consultados
três grandes portais de fornecimento dos chamados EPI (Equipamentos de Proteção
Individual), o Dental Cremer, o Cirúrgica Zona Sul e o Medjet.com.
Dinheiro na caixa térmica
A Polícia Federal apreendeu R$
750 mil reais escondidos dentro de uma caixa térmica na casa de Peter Cassol,
secretário-adjunto de Gestão Administrativa da Secretaria de Saúde do Pará
(Sespa), durante a operação
“Para Bellum”, deflagrada no dia 10 de maio, na casa de Helder Barbalho, no
Palácio dos Despachos (sede do governo do Pará) e nas secretarias de Estado de
Saúde, Fazenda e Casa Civil. Cassol acabou exonerado do cargo após a
investigação da PF.
Cabide de emprego no TCM
O Tribunal de Contas dos
Municípios do Pará (TCM-PA) mantém mais de 250 funcionários, boa parte
contratados sem concurso público, como determina a legislação brasileira. Parte desses funcionários são
parentes do governador Helder Barbalho (MDB) com remunerações de causar inveja
a qualquer alto funcionário de grandes empresas privadas.
A tia do governador,
Mara Lúcia Barbalho da Cruz, por exemplo, exerce a função de conselheira com
salário bruto de R$ 35,4 mil, como comprova o Portal da Transparência do órgão.
Fonte: Portal Roma News
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