Mais de 30 mil pés de maconha e cinco plantações da erva destruídas. Este foi o resultado de dois dias de operações realizadas pelo Sistema Integrado de Segurança Pública do Pará, por meio das Polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros Militar e Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, em Nova Esperança do Piriá, nordeste paraense. Os resultados foram divulgados nesta quarta-feira, 24. Denominada de operação “Mutuca”, a ação policial integrada vasculhou uma grande área de mata com apoio do helicóptero do Graesp (Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Pará ) para levantar todos os pontos de plantação da droga existentes no município, cuja maior parte está localizada em áreas de reserva indígena na região do Alto Rio Guamá. Não houve prisões. A operação teve início na segunda-feira passada e vai se estender até a próxima semana, atingindo seis municípios localizados na região nordeste do Pará.
A ação policial visa erradicar os pontos de cultivo de maconha identificados por meio de levantamentos feitos pelas equipes de investigação policial. Antes do inicio da operação, policiais civis estiveram na região para fazer a chamada plotagem (levantamento) das áreas onde estão localizadas as plantações. Foram, no total, trinta dias de investigações dos pontos de existência de plantações da erva nas regiões atingidas pela operações. As ervas estavam plantadas, no meio da floresta, em áreas de difícil acesso, onde somente com apoio de helicóptero é possível a identificação visual das áreas de cultivo de maconha.
As equipes policiais partiram da sede da DRCO, em Belém, por volta de 2h da madrugada de segunda-feira passada, com destino a Nove Esperança do Piriá. Após mais de seis horas de viagem, as equipes se reuniram na Delegacia da Polícia Civil, no município, de onde partiram até a zona rural, para iniciar o primeiro dia da operação. Somente em duas plantações, foram cerca de 10 quilos de sementes de maconha em cerca de 50 pés da erva encontrados.
Já, no segundo dia, três plantações com mais de 20 mil da erva foram destruídas. Em uma delas, localizada às margens de um rio, o tamanho era de cerca de 50 metros de comprimento por 30 de largura. Perto dessa área, a cerca de dez metros, outra plantação de menor proporção (10 metros por 20 metros) foi encontrada. Parte das ervas já estavam colhidas. Havia ainda uma parte de sementes, encontradas dentro de sementeiras. Barracos usados como base para os traficantes de drogas foram incinerados assim como parte das ervas encontradas. Amostras das plantações foram levadas para a Delegacia junto com as armas apreendidas, para passarem por perícia.
Além da droga, a equipe apreendeu armas fabricadas artesanalmente usadas em armadilhas no meio da mata. Ao todo, 40 agentes dos órgãos do Sistema de Segurança Pública, com utilização de dez viaturas, a operação policial é coordenada do delegado-geral, Rilmar Firmino, sob supervisão da Diretoria da Polícia Especializada (DPE). A execução da operação conta com policiais civis da DRCO (Divisão de Repressão ao Crime Organizado); da DEMA (Divisão Especializada em Meio-Ambiente); das Superintendências Regionais das Zonas Bragantina e do Salgado; e militares do Comando de Operações Especiais (COE) da PM, além de peritos criminais, sob coordenado do perito Benedito Leão, e uma guarnição do do 12° Subgrupamento Bombeiro Militar (SGBM), de Bragança, sob comando do capitão Átila Portilho.
Fonte: Polícia Civil do Pará
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