O mensalão começa a reincidir no noticiário nacional com a publicação ontem (22) da íntegra do Acórdão do STF, a partir de quando começa a correr o prazo para oferecimento dos últimos recursos.
O voto do ministro Luiz Fux, sobre quem José Dirceu, acusado de “chefe do esquema”, declarou ter-lhe prometido a absolvição, sustenta que o ex-ministro Chefe da Casa Civil de Lula “comandou uma quadrilha” cujo objetivo era "um projeto de poder de longo prazo de ilicitude amazônica".
> Prazo curto para garimpar vírgulas em 8.405 páginas
Os votos dos ministros acrescentam aos autos 8.405 páginas, o que demanda um trabalho hercúleo dos advogados para, em prazo tão curto (10 dias) encontrar eventuais omissões e, ou, contradições que possam ser embargados em favor dos seus clientes.
> Fux sobre Dirceu
Fux não poupa José Dirceu: refere-se a ele como "1º réu" e se diz convencido de que ele “comandou um esquema de desvio de dinheiro público com objetivo de corromper parlamentares e garantir a aprovação de projetos de interesse do Planalto no Congresso.”.
> Sem mudanças e sem efeitos para a nação
Não creio que os embargos mudem o acórdão. Creio que até julho ou agosto desse ano (2013) os condenados começarão a cumprir as penas. Continuo com a mesma opinião sobre penas privativas de liberdade, em casos análogos: em nada aproveitam à nação.
Seria mais proveitoso se a legislação permitisse que fosse oferecida ao condenado a supressão da pena na proporção da devolução do que foi subtraído do erário, pois a maioria deles vai cumprir menos da metade e depois sair para aproveitar a fortuna acumulada.
Fonte: Parsifal
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