O grupo de índios não aldeados que bloqueava a Rodovia Transamazônica, na altura do Km 27, na região de Altamira, sudoeste do Pará, liberou a via após três dias de manifestação. A Casa de Governo de Altamira intermediou a negociação.
Um conjunto de cerca de 50 índios iniciou a manifestação na noite de sábado (10). Os indígenas apreenderam cinco ônibus e incendiaram dois. Carros particulares e veículos como ambulâncias tinham passagem autorizada pelos manifestantes - apenas os carros de empresas envolvidas na construção da hidrelétrica não podiam passar.
Os manifestantes pedem agilidade no cumprimento do Plano Básico Ambiental, que envolve um conjunto de condições que devem ser cumpridas pela Norte Energia, empresa responsável pelo empreendimento, como contrapartida para a comunidade.
O PBA é um dos requisitos legais para a concessão da licença de construção da usina. Entre as principais cláusulas do plano estão construção de casas para índios que moram na cidade, melhorias na infraestrutura das aldeias, construção de postos de saúde e pagamento de indenizações para pescadores que podem ter sua atividade prejudicada pela barragem. De acordo com a Norte Energia, a empresa cumpre o PBA e tem, inclusive, um comitê de acompanhamento do Plano composto por representantes dos índios.
Segundo a Norte Energia, as obras de construção da usina não foram afetadas pelo bloqueio da rodovia porque os operários que dormem nos alojamentos dos canteiros em Vitória do Xingu conseguiam trabalhar de forma normal, independente da situação da Transamazônica.
Fonte: O Xingu
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