A empresa Norte Energia contesta, em nota, informações desta coluna de que a Usina Hidrelétrica Belo Monte pode sofrer atrasos em função de eventuais dificuldades financeiras de empresas associadas aos consórcios contratados para a realização das obras e montagem de equipamentos (“Escândalo da Petrobras joga dúvida sobre o cronograma de Belo Monte”, 18/01). “As obras de Belo Monte não dependem de recursos de construtoras. Tanto o Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM), responsável pelas obras civis, quanto o Consórcio Montador de Belo Monte (CMBM), responsável pela montagem dos equipamentos, têm suas atividades remunerados pelos serviços prestados no empreendimento UHE Belo Monte e não dependem de repasses de suas acionistas”, diz a nota da Norte Energia.
A empresa também discorda da informação da coluna de que haveria um ano de atraso no projeto da UHE Belo Monte. “Em dezembro de 2014, 70% das obras civis estavam concluídas, e 97% da energia do empreendimento será (sic) gerada no prazo previsto no contrato de concessão, em março de 2016. Os efeitos dos atrasos em obras, causados por atos e omissões de terceiros, estão concentrados no Sítio Pimental, onde está a Casa de Força Complementar, responsável por apenas 3% da energia a ser gerada”, afirmam.
A nota da Norte Energia também garante que o documento enviado à Aneel relatando atos que a empresa considera excludentes de sua responsabilidade, como atos do poder público, do Poder Judiciário, de terceiros e de força maior, que provocaram paralisações e interferiram no cronograma, não afirma que haverá atraso na geração em prazo igual ao do período colocado.
“A Norte Energia tem obrigação contratual de informar ao poder concedente sobre qualquer impacto sofrido no empreendimento, o que vem realizando regularmente. A empresa trabalha para minimizar o máximo possível o impacto das ocorrências sobre o cronograma e já o fez com o incremento de equipamentos e mão de obra e a adoção de novas tecnologias”, conclui.
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