Beltrame pediu mais uma vez que a população entenda a gravidade da situação e respeito o distanciamento social (Cristino Martins/O Liberal) |
O titular da Secretaria de Estado
de Saúde Pública do Pará (Sespa), Alberto Beltrame, admitiu o colapso na saúde
e no sistema funerário nesta sexta-feira (24), após a divulgação do fato
de que corpos de vítimas da covid-19 estão sendo armazenados em um caminhão
frigorífico estacionado no fundo do prédio do Instituto Médico Legal (IML) de
Belém. Ele falou sobre assunto em entrevista ao Jornal Liberal 2ª edição desta
sexta.
“Queremos que a população consiga
perceber que estamos em um grave problema de crise sanitária no Brasil inteiro
e, em especial, em Belém. Não só o sistema de saúde tem problema e entrou em
colapso. O próprio sistema funerário tem causado alguns inconvenientes, seja na
liberação de corpos em domicílio ou de corpos no IML ou da verificação de
óbitos. Pedimos perdão por isso”, afirmou. O secretário de saúde do Pará disse
que estão sendo tomadas providências para que cenas como a desta sexta-feira
não se repitam. “Dizemos que o estado tomou providências para ampliar a
quantidade de pessoas no IML e na Verificação de Óbitos. Ampliamos a
contratação de veículos para agilizar a retirada de pessoas falecidas dos
domicílios e dar mais conforto ao paraense que passa pelo momento terrível de
dor”, afirmou.
O fato ocorreu justamente no dia
que o Pará registrou 86 óbitos e 1.551 casos confirmados. Além do problema no
IML da capital, as unidades de saúde de Belém, tanto do governo como do
município, estão recebendo muitos pacientes com sintomas da covid-19. A capital
paraense lidera os registros de coronavírus, com 981 pessoas infectadas e 51
óbitos.
Fonte: O Liberal
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