Na próxima quarta-feira (20), dois estrangeiros que estavam sendo mantidos em condições comparáveis à escravidão no município de Altamira, sudeste do Pará, voltarão para a Bolívia, país de origem. Até a data da viagem, os bolivianos vão permanecer em um abrigo.
Na última quinta-feira (14) ocorreu uma audiência referente à reclamatória trabalhista movida pelos bolivianos contra os empregadores Leila Mora de Yale e Fernando Darnich Yale, donos de um restaurante na Rodovia Ernesto Acioli, em Altamira. Os estrangeiros foram encontrados em condições análogas à escravidão, após serem recrutados em seu país com promessas de melhores condições de vida, salário fixo e carteira assinada.
Autuado em flagrante pela Polícia Federal, o casal de proprietários trouxe os funcionários para o Brasil em fevereiro de 2013. Os trabalhadores faziam jornadas diárias superiores a 17 horas, sem intervalos de descanso, folga e com acúmulo de dívidas relativas à comida, “hospedagem” e passagens de deslocamento.
Após o resgate, os donos do restaurante tiveram prisão decretada e os bolivianos foram encaminhados a um asilo em Altamira, o qual foi vistoriado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).
Ainda na quinta-feira, sob a supervisão do MPT, ficou definido em acordo que os patrões denunciados deverão pagar a cada trabalhador R$ 6.000,00 a títulos de verbas indenizatórias pelos 29 dias de trabalho prestados e dano moral individual.
Além disso, o casal de proprietários deverá custear o retorno dos trabalhadores à cidade de origem, incluindo trajeto aéreo e rodoviário.
(DOL, com informações do MPT)
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