O consórcio Norte Energia, dono da hidrelétrica de Belo Monte, informou que os prejuízos potenciais que poderá ter por causa do atraso nas obras da usina foram mencionados à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de "forma ilustrativa".
Reportagem publicada nesta segunda-feira, 29, pelo jornal "O Estado de S. Paulo" revela o conteúdo de uma carta enviada em novembro à Aneel, na qual a Norte Energia menciona que teria de desembolsar R$ 370 milhões por mês para cobrir o rombo financeiro pelo atraso nas obras, caso seu pedido de excludente de responsabilidade pelo postergação seja negado pela agência.
O total, conforme mencionado pela reportagem, diz respeito ao valor presente da dívida. No documento, a Norte Energia menciona ainda que se tratam de "somas vultosas, capazes de inviabilizar o empreendimento".
Segundo a Norte Energia, o valor do prejuízo mencionado se baseava "num contexto de preços de energia do mercado livre muito superiores ao novo teto de R$ 388,48".
Na carta de 27 páginas encaminhada à Aneel, a Norte Energia responsabiliza o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a própria Aneel por boa parte dos atrasos que comprometem seus canteiros de obras.
O material obtido pela reportagem faz parte de um conjunto de cartas trocadas entre a Aneel e o consórcio, desde outubro de 2010.
Agência Estado
Nenhum comentário:
Postar um comentário