Assessor
de planejamento disse que parque eletrônico viabiliza o processo. Corte no orçamento da Justiça Eleitoral deve comprometer projetos para
2016.
O Tribunal
Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) assegurou nesta terça-feira (1º), em Belém,
que as eleições de 2016 devem realizadas de forma totalmente eletrônica no
estado. “Pelo menos no nosso estado nós temos um parque eletrônico que
satisfaria plenamente e garantiria a nossa eleição. Temos condições de
disponibilizar equipamentos para que seja 100% eletrônico o processo”, afirmou
Eduardo Araújo, assessor de planejamento do TRE-PA.
A informação deve tranquilizar o eleitorado
paraense diante da publicação de uma portaria no “Diário Oficial da União”
da última segunda-feira (30), assinada pelos presidentes dos tribunais
superiores informando que o bloqueio de R$ 1,7 bilhão determinado pelo
Executivo no orçamento do Judiciário vai “inviabilizar” as eleições de 2016 por
meio eletrônico. Em nota divulgada na segunda, o TSE ressaltou que o
contingenciamento de R$ 428.739.416 do orçamento da Justiça Eleitoral para 2016
“compromete severamente” projetos do próprio tribunal e dos Tribunais Regionais
Eleitorais.
De acordo com o tribunal eleitoral, o maior impacto
do bloqueio do dinheiro reservado à Justiça Eleitoral é comprometer o processo
de aquisição de urnas eletrônicas que já está licitado.O TSE afirma, em trecho
do comunicado, que é imprescindível contratar as urnas eletrônicas até o fim do
mês de dezembro, com o comprometimento de uma despesa estimada em R$ 200
milhões.
“O contingenciamento imposto à Justiça Eleitoral
inviabilizará as eleições de 2016 por meio eletrônico”, diz o texto publicado.
“A demora ou a não conclusão do procedimento licitatório causará dano
irreversível e irreparável à Justiça Eleitoral. As urnas que estão sendo
licitadas têm prazo certo e improrrogável para que estejam em produção nos
cartórios eleitorais”, complementou o TSE na nota.
O tribunal eleitoral não disse abertamente, mas a
consequência que pode ocorrer com a eventual inviabilização das eleições
eletrônicas no ano que vem seria a Justiça Eleitoral ter de recorrer às urnas
de lona e às cédulas de papel. Ao final do comunicado divulgado na segunda, o
TSE afirma que o presidente do tribunal, ministro Dias Toffoli, irá, em
conjunto com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo
Lewandowski, fazer “todos os esforços” no Congresso Nacional para que o
dinheiro reservado ao Judiciário seja autorizado, “a fim de se garantir a
normalidade das eleições do ano que vem”.
Fonte: G1
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