Estado cria comissão para acabar com as fugas no presídio de Altamira
As imagens da fuga
de três internos do Centro de Recuperação de Altamira movimentaram as redes
sociais, e sacudiram os órgãos de Segurança Pública do Estado do Pará. Depois
que a “correria” de três internos no pátio da instituição ganhou as redes
sociais, foi criada uma comissão especial formada por especialistas em
segurança pública, com a tarefa de corrigir as falhas administrativas, e
melhorar a segurança no presídio. A missão é acabar com as fugas na unidade
prisional.
Por
enquanto a rotina no local segue como a de costume, mas a chegada do presidente
da comissão, o Major da Polícia Militar, Paulo Amarantes, pode mudar isso. A
casa prisional deve passar por uma operação pente fino, identificando pontos de
fragilidade na estrutura física, e possíveis problemas com a administração. O
número de agentes e de policiais militares envolvidos na segurança também pode
sofrer alteração, as imagens feitas pelo celular de um interno, mostram que no
momento da fuga não havia agente prisionais no pátio.
Entre
as primeiras medidas tomadas pela comissão, estão a reforma no prédio do centro
de recuperação, a melhoria das celas, reforço nas grades de proteção do pátio,
e muros de contenção, a unidade deve receber ainda cercas eletrificadas, e a
ampliação do muro que protege o presídio. A mudança que deve ser aplicada
imediatamente, diz respeito às visitações, intensificando as revistas e
aumentando o controle na entrada de produtos e alimentos destinados aos
internos.
A
imagem de mais essa fuga no centro de recuperação de Altamira deixou
transparecer que a liberdade para agir dentro do presídio parecia uma rotina. A
frente da comissão, o Major da Polícia Militar, Paulo Amarantes sabe que vai
receber muitas reclamações, mas ele fala em mudanças positivas. Com relação à
possibilidade de facilitação, o major deixou claro que: “nós temos um
regulamento interno das unidades prisionais, que deve ser aplicado, e uma das tarefas
dessa comissão é avaliar se houve descumprimento desse regulamento”, destacou.
Com
a fuga desta última sexta-feira (06), a unidade soma mais de 10 incidentes de
janeiro até agora. Hoje, pelo menos nove internos estão foragidos, e outros
incidentes graves já foram registrados, como a morte de um preso, o
espancamento de outro, e um possível suicídio. O centro tem capacidade para 192
apenados, mas está abrigando mais de 300. Com a instalação da comissão
especial, a equipe tem 30 dias para identificar o que há de errado com o
presídio de Altamira, apresentar um relatório detalhado desses problemas, e
iniciar o trabalho de correção. “Em um futuro bem próximo, creio eu, todos
esses problemas estarão resolvidos”, declarou o major.
Fonte: O Xingu
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