© Reuters Segundo os aliados de Temer, as mudanças na proposta atenderam à maioria dos pedidos de flexibilização feitos pela base aliada |
Diante
da resistência de parlamentares aliados, o governo passou a admitir
que pode adiar a votação da reforma da Previdência no plenário da
Câmara, inicialmente prevista para a segunda semana de maio.
Líderes
e articuladores da base de Michel Temer no Congresso reconhecem que
precisarão de mais tempo para convencer a população e os deputados
a apoiar o novo texto do projeto, apresentado na última quarta-feira
(19) na comissão especial da reforma.
Segundo
os aliados de Temer, as mudanças na proposta atenderam à maioria
dos pedidos de flexibilização feitos pela base aliada, mas a
discussão sobre o tema foi "contaminada" pelo projeto
original, elaborado pelo Palácio do Planalto, que continha regras
mais duras que o texto atual.
O
governo avalia que precisa de tempo para vencer as resistências, o
que não deve ser possível até a data marcada para início da
votação no plenário da Câmara, em 8 de maio.
Articuladores
de Temer defendem o adiamento do cronograma em ao menos uma semana,
mas alguns aliados do presidente admitem que pode ser necessário
empurrar a data ainda mais. No limite, o texto passaria pela Câmara
em junho e só teria sua votação no Senado no segundo semestre.
"O
debate está contaminado pela proposta original, e é preciso deixar
claro que aquele texto ficou para trás. Confio que isso possa
ocorrer até o dia 8, mas é preciso ter certeza de que o tema está
descontaminado", afirmou à reportagem o presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ).
O
adiamento seria uma maneira de ampliar os efeitos da ofensiva
publicitária deflagrada pelo governo nos últimos dias, em defesa da
reforma. O Planalto espera que campanhas de TV e rádio ajudem a
vencer resistências dos deputados em suas bases eleitorais.
"Não
é possível fixar uma data [para a votação], porque esse é um
processo de discussão amplo, num país com 200 milhões de
habitantes em um território continental. A comunicação às vezes
demora para chegar. Tem que esperar um pouco", disse à
reportagem o ministro Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo).
POLÍTICA
Imbassahy
e Maia participaram na noite de quinta-feira (20) da cerimônia do
prêmio Lide Empresarial, concedido pelo grupo que era, até 2016,
comandado pelo prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), e hoje é
liderado pelo ex-ministro Luiz Fernando Furlan.
Em
um momento em que Executivo e Legislativo estão em xeque pela
revelação da lista de investigados no Supremo, Maia fez um breve
discurso a uma plateia de empresários em defesa da classe política
como vetor para a saída da crise econômica.
"Juntos,
sociedade e política, criaremos uma agenda de recuperação. O
Congresso tem um papel decisivo na retomada do crescimento",
declarou o presidente da Câmara.
Fonte: MSN/Notícias ao Minuto Com
informações da Folhapress.
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