A
Polícia Civil, prendeu, nesta terça-feira, 28, três servidores
públicos da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará
(Adepará), por corrupção e associação criminosa, durante a
operação "Boi Virtual", deflagrada em conjunto com o
Ministério Público, nos municípios de Santa Maria das Barreiras,
Redenção e Santana do Araguaia, no sudeste paraense. De acordo com
o delegado Antonio Miranda, superintendente da Região do Araguaia
Paraense, foram cumpridos, no total, 15 mandados judiciais. Destes,
foram nove mandados de busca e apreensão, três de prisão
preventiva e outros três de condução coercitiva.
O
delegado informou que os servidores serão investigados por cobrarem
propina para liberação de Guias de Transporte de Animal (GTAs),
documentos que autorizam a liberação da madeira. Participaram da
operação policiais civis da Superintendência Regional do Alto
Xingu (SRAX), Superintendência Regional do Araguaia Paraense (SRAP),
do Núcleo de Apoio à Investigação (NAI) do Sul do Pará, e do
Núcleo de Inteligência Policial (NIP).
Dentre
as principais práticas criminosas perpetradas pelos servidores, como
forma de recebimento de vantagem indevida, estão as cobranças para
atendimento fora do horário de trabalho, cobrança para emissão de
ficha espelho, cobrança para abertura de ficha cadastral e cobrança
além dos valores legalmente estabelecidos para emissão de GTAs.
Contudo,
a principal ação criminosa que foi percebida, explica o delegado, é
a respeito da venda de saldos no sistema da Adepará. "Os
servidores cobravam valores para alterar o sistema e realizar
transações fictícias de gado, seja para promover regularização
de vacinas, seja para demonstrar falsamente a alguém patrimônio que
não existe com a inserção de gado em suas fichas". As
investigações mostraram que os servidores chegavam até a
comercializar saldo no sistema do órgão. "Daí o nome (da
operação) boi virtual. Boi que não existe", detalha o
delegado Miranda.
Fonte:
ASCOM-PC
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