(Foto: Reprodução/Facebook) |
Durante
o debate sobre as implicações das atividades da Mineradora Belo
Sun, um grupo de 30 pessoas, liderado pelo prefeito Dirceu Biancardi
(PSDB), da cidade de Senador José Porfírio, invadiu o auditório do
Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA) da Universidade
Federal do Pará (Ufpa) na tarde de hoje (29). Um boletim de
ocorrência foi registrado por servidores e alunos da universidade em
resposta aos atos de truculência denunciados.
Segundo
relatos, ele chegou a impedir que a diretora Rosa Acevedo Marin do
Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (Naea) da Ufpa encerrasse o
debate, tendo em vista as alterações dos presentes. Em outro
momento, participantes do evento confessaram viver momentos de tensão
quando Dirceu decidiu fechar o auditório com todos os participantes
ainda dentro.
A
reunião de hoje iria apresentar os resultados das pesquisas,
iniciadas em julho deste ano, sobre os problemas causados pelas
atividades de Belo Monte e da Belo Sun. Na ocasião, porém, foi
denunciado que o prefeito teria invadido o local e agido com
truculência, além de impedir a fala de pesquisadores, professores e
estudantes que estavam reunidos.
Em
entrevista, o prefeito Dirceu Biancardi afirmou que o principal
motivo das revoltas é a exclusão dos defensores do projeto da
mineradora nos grupos de debates ambientais sobre o tema. "A
gente acha uma falta de respeito. Era pra gente ter vindo ontem, mas
por falta de convite a gente ficou sabendo por terceiros e acabamos
vindo hoje. A pauta era outra, mas conseguimos trazer de volta o
assunto."
Por
nota, a prefeitura do município informou que o Dirceu Biancardi "em
nenhum momento capitaneou pessoas ou baderneiros em ações de
cárcere", que foi ao evento "apenas para defender a
posição e olhar do município em relação ao tema tratado"
e que "repudia quaisquer manobra nas informações que crie
atmosfera de arruaça em instituição federal".
A
prefeitura ainda afirma que Dirceu esteve presente no seminário "a
convite dos moradores e lá o gestor municipal desenvolveu meramente
o papel de defender os interesses da população porfiriense" e
"levantou questionamentos importantes sobre investimentos e o
futuro das comunidades entorno do projeto".
A
nota ainda encerra afirmando que a prefeitura "não apoia
qualquer ato que restrinja o fiel direito de ir e vir de quaisquer
pessoa, que não aceita atos de vandalismo" e que está à
disposição para esclarecimentos.
Fonte:
DOL
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