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Na
manhã desta segunda-feira (27), a Polícia Militar começou a
cumprir a liminar expedida pelo juiz da 3ª Região Agrária de
Marabá, Amarildo José Mazutti, que determinou a reintegração de
posse das fazendas Cedro e Fortaleza, localizadas às margens da
BR-155, em Eldorado dos Carajás, sudeste do Pará.
A
ação está sendo realizada de forma pacífica e segue até o final
da tarde da próxima quarta-feira (29).
Segundo
o MST, grande parte das famílias já se organizam pra sair da
área denominada fazenda Cedro. No entanto, a área que supostamente
é a fazenda Fortaleza, ainda depende do resultado do
georeferenciamento do Instituto Nacional Colonização e Reforma
Agrária (Incra), que iniciará hoje. Além dos técnicos do Incra, o
trabalho será acompanhado por um perito do Instituto de perícias
Renato Chaves e dois professores da Unifesspa.
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A
fazenda Cedro, que mede oito mil hectares, foi ocupada em novembro de
2008. Já a Fortaleza, em fevereiro de 2009. Os terrenos fazem parte
do grupo Agropecuário Santa Bárbara. Denominada como acampamento
Helenira Rezende, o terreno da fazenda Cedro está ocupado por cerca
de 140 famílias. A Fortaleza segue ocupada por 110 famílias.
Além
do acampamento Helenira Rezende, outros dois territórios com
famílias do MST no Sul e no Sudeste do Pará estão sob ameaça de
despejo até o fim de 2017.
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O
acampamento Helenira Rezende é marcado pela produção agrícola e
ecológica. As famílias produzem cerca de 1,5 mil litros de leite
por dia, além de possuir uma plantação de 10 mil pés de bananas e
mais de 40 hectares de mandioca. As produções garantem a
alimentação das famílias e também são comercializadas.
Em nota, a empresa AgroSB informou que as fazendas invadidas pelo MST (Cedro, Maria Bonita e Fortaleza) eram produtivas e geravam centenas de empregos na região.
Em nota, a empresa AgroSB informou que as fazendas invadidas pelo MST (Cedro, Maria Bonita e Fortaleza) eram produtivas e geravam centenas de empregos na região.
A
partir de 2008, três anos após a criação da AgroSB, a empresa
passou a sofrer ataques criminosos: matança de gado, ameaça e
sequestro de funcionários, casas e máquinas agrícolas incendiadas,
escolas depredadas, cercas e currais destruídos, pastos
destruídos. Por conta desses ataques, a AgroSB perdeu a posse
dessas fazendas e entrou com medidas judiciais para reaver os seus
direitos e retomar as propriedades. Conseguiu a primeira liminar de
reintegração de posse em 2008.
A
empresa diz ainda, que se viu privada, então, de produzir em áreas
que adquiriu em conformidade com a legislação. Na tentativa de
equacionar o conflito agrário na região, a empresa aceitou dialogar
com o Incra para aquisição dessas fazendas – mas o processo
estende-se há mais de três anos sem sucesso. A AgroSB sempre buscou
na Justiça os seus direitos e a retomada das fazendas ocupadas
ilegalmente.
Fonte: DOL (Com
informações da PM e do MST)
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