BRASIL NOVO NOTÍCIA: PRESOS ACUSADOS DE APLICAR GOLPE DO CHEQUE MORADIA NO INTERIOR DO PARÁ

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

PRESOS ACUSADOS DE APLICAR GOLPE DO CHEQUE MORADIA NO INTERIOR DO PARÁ

(Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Quatro pessoas foram presas em flagrante, na noite da última terça-feira (25), pelos crimes de estelionato, associação criminosa e usurpação de função pública, na comunidade de Vila Canadá, zona rural do município de Xinguara, no sudeste paraense. Os presos foram identificados como Alessandro Pereira Santos, Leônidas Pinto de Sousa, Elinalva Pereira de Sousa e Raniele Silva dos Santos. Eles aplicavam o golpe do falso cadastro ao Programa Cheque Moradia do Governo do Estado, onde eles cobravam valores em dinheiro de moradores para ingresso no programa habitacional do Estado. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (27), pela Polícia Civil. 
Os presos foram apresentados na Seccional de Polícia Civil de Xinguara, por volta das 21 horas de terça-feira, por policiais militares da Vila Canadá. Ao delegado Max Müller, os policiais informaram que os presos se apresentaram a moradores da comunidade como representantes de dois candidatos da região a cargos de deputado estadual e federal. Com eles, os policiais militares apreenderam papéis semelhantes a formulários de inscrição do Cheque Moradia possivelmente falsos e documentos de pessoas. "Eles estavam aplicando golpe na região e estavam em um veículo tipo Sandero de placas QNN 0732", explica o delegado José Carlos Rodrigues, superintendente da Polícia Civil na região do Alto Xingu. 
Segundo o delegado Max Müller, responsável pela autuação em flagrante dos presos, há suspeitas de que um dos acusados, que se identificou como Alessandro Pereira Santos, esteja usando nome falso. O delegado explica que, no documento de identidade apresentado pelo acusado, consta informação de que ele seria nascido em Xambioá, no interior de Tocantins. No entanto, ao pesquisar o nome do acusado no sistema de informações criminais, consta que o local de nascimento seria Marabá, no Pará. Ele passou por coleta de impressões digitais que serão analisadas para se confirmar a identidade civil do acusado. Os supostos formulários de cadastro de pessoas para concessão do Cheque Moradia passarão por exame pericial para atestar a autenticidade ou não dos documentos. 
Durante a apresentação, Alessandro afirmou aos policiais que estava a cerca de 10 dias na cidade de Xinguara. Ele alega que estaria realizando campanha em favar de dois candidatos e chegou a se identificar às pessoas da região como coordenador de lideranças da campanha de um dos candidatos em Xinguara e nas cidades vizinhas. Antes de ser preso, Alessandro afirmou que em Xinguara conversou com diversas pessoas oferecendo o Cheque Moradia. 
No depoimento, Alessandro confirmou que não tinha autorização da Cohab (Companhia de Habitação do Estado do Pará) para cadastrar pessoas no Cheque Moradia. Alessandro alegou ainda, em depoimento, que cobrou de várias pessoas cerca de R$ 150 a 200 pelos cadastros.
Ainda, segundo o acusado, os benefícios do Cheque Moradia seriam liberados às pessoas "após a realização do segundo turno das eleições gerais". Alessandro admitiu que os candidatos que tivera seus nome usados no golpe não sabiam que estava oferecendo cadastro ao programa habitacional do Estado. No procedimento de prisão em flagrante dos acusados, foram ouvidas 11 vítimas, as quais confirmaram que os presos se identificaram como assessores de dois candidatos conhecidos na região sudeste do Pará. 
Cohab alerta para cobrança ilegal de inscrição no Cheque Moradia
Em nota, a Companhia de Habitação do Pará (Cohab), responsável pelo Programa Cheque Moradia, alerta à população para que denuncie a cobrança irregular e ilegal de inscrição de famílias no programa habitacional. A Cohab alerta ainda que ninguém faça a inscrição com pessoas sem a devida identificação funcional do órgão e que nenhuma taxa é cobrada pelo serviço. Quem for abordado por qualquer pessoa que se apresente como funcionário da Cohab, solicitando qualquer tipo de pagamento, deve procurar a Polícia Civil ou fazer denúncia pelo número 181, que garante sigilo absoluto. A denúncia é necessária para que os criminosos sejam identificados e responsabilizados legalmente.

Fonte: DOL com informações da Polícia Civil

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