© Divulgação/Pedro Ribas ANPr 'Uma Constituição não precisa ser feita por eleitos pelo povo', disse o general Hamilton Mourão (PRTB) |
Candidato a vice de Jair Bolsonaro (PSL), o
general Hamilton Mourão (PRTB) defendeu nesta quinta-feira (13) que o país faça
uma nova Constituição, mais enxuta e focada em "princípios e valores
imutáveis", mas não necessariamente por meio de uma Assembleia
Constituinte.
Para ele, o processo ideal envolveria uma
comissão de notáveis, que depois submeteria o texto a um plebiscito, para
aprovação popular.
"Essa é a minha visão, a minha
opinião", disse, destacando que essa não é a proposta da candidatura, nem
de Bolsonaro. "Uma Constituição não precisa ser feita por eleitos pelo
povo."
Mourão, que deu uma palestra a empresários em
Curitiba, defendeu que a proposta não é antidemocrática, e disse que a atual
Constituição deu início à crise pela qual passa o Brasil
"Tudo virou matéria constitucional. A
partir dela, surgiram inúmeras despesas. A conta está chegando, está caindo no
nosso colo. Chegou o momento em que temos que tomar uma decisão a
respeito", afirmou.
Mourão, porém, reconheceu que a edição de uma
nova Constituição é algo "muito difícil de se conseguir" nesse
momento no Brasil.
O general ainda rechaçou a possibilidade de
intervenção militar no Brasil, e disse que a democracia precisa ser
"afirmada como um valor fundamental do nosso país"."Por pior que
seja esse sistema, ele ainda é o melhor de todos", declarou.
BOLSONARO
Mourão afirmou ainda que Bolsonaro é
"insubstituível" e que não pretende assumir a cabeça de chapa da
candidatura."Não vou substituir. Temos plena certeza de que ele estará em
condições de liderar esse processo", declarou."Ele é o homem das
massas, o grande agitador. É ele que as pessoas vão eleger. Ninguém vai me
eleger. Eu sou um apêndice."
Mourão admitiu que a ausência de Bolsonaro nas
ruas nesse momento da eleição prejudica a candidatura, mas afirmou que o
político estará bem dentro de três semanas e que ele é "um líder para o
país"."Ele é destemido e conhece o que tem que ser feito",
disse.
VENEZUELANOS
O general defendeu que o Brasil acolha os
venezuelanos que atravessam a fronteira, fugidos da crise política e econômica
do regime do ditador Nicolás Maduro. Ele chamou o movimento migratório de uma
"diáspora, um êxodo dos nossos irmãos"."Nós temos que
acolhê-los; essa é a realidade", disse.
O general fez críticas ao regime de Chávez,
que disse ter se aproveitado de uma infiltração nas Forças Armadas para tomar o
poder, e afirmou que "o Brasil jamais será uma Venezuela". "Por
uma razão muito simples: as nossas Forças Armadas não serão cooptadas",
afirmou, para os aplausos da plateia de aproximadamente 500 pessoas que o ouvia
em Curitiba, no Instituto de Engenharia do Paraná.
Fonte: MSN Com informações da Folhapress.
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