Brasil Novo Notícias: DEPOIS DE SER EXONERADO, EX-GERENTE DO DETRAN ABRE O BICO E DIZ QUE EXISTE UMA QUADRILHA QUE ATUA DENTRO DO DETRAN EM SANTARÉM

sexta-feira, 24 de abril de 2015

DEPOIS DE SER EXONERADO, EX-GERENTE DO DETRAN ABRE O BICO E DIZ QUE EXISTE UMA QUADRILHA QUE ATUA DENTRO DO DETRAN EM SANTARÉM

A exoneração do educador de trânsito Clauriberto Levy, do cargo da gerência da 1ª Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran), unidade do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) em Santarém, no oeste do Pará, gerou uma série de revelações sobre os problemas enfrentados pelo profissional, dentro do órgão.
Ele revela que sofreu ameaça de morte por não compactuar com a interferência de uma quadrilha que atua manipulando funcionários e cometendo irregularidades no atendimento aos usuários.
Entre os problemas revelados pelo educador estão: aquisição da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) feita de forma irregular por membros da quadrilha a alguns usuários do Detran; tentativa de suborno à gerência, além de ameaça de morte, que segundo ele, foi feita através de mensagens ao seu telefone celular, por diversas vezes, mas que nunca foi descoberta a origem por parte das autoridades que investigaram.

Clauriberto Levy recebeu a direção do Detran em Santarém no dia 11 de junho de 2014. O educador desenvolve trabalhos na área de trânsito desde 1982. Levy é um dos idealizadores da educação no trânsito no estado do Pará e já foi funcionário do Detran em Belém.
“Estive por nove meses e onze dias na Ciretran. Na verdade, o Detran em si, está mergulhado por muitos anos, num sistema cheio de vícios e com certos problemas. Durante minha permanência lá, eu procurei levar essa situação, diferenciando e trazendo pontos sérios e não me deixando levar por tentações, por convites e por assédios totalmente na área espúria. Eu fui ameaçado de morte e muito criticado por essas pessoas que queriam se locupletar de situações estranhas”, declarou o educador.
Segundo ele, as características das pessoas que tentam manipular os funcionários do órgão podem ser consideradas, como de uma quadrilha. “Ela (quadrilha) não tem raízes em Santarém, mas em todo o Pará e outros estados. Nós procuramos nos manter íntegros e fazendo as coisas com honestidade. Recebemos muito assédio da parte de determinados políticos, usuários e outros, pra gente fazer a coisa errada e nós não quisemos nos misturar com essas coisas. Nós simplesmente quisemos dar outro perfil para o órgão e muitos gostavam e outros não”, afirma Levy.
Ele declara que saiu com a cabeça erguida e olhando para frente e não dependendo de ninguém, com relação a ficar atrelado ou preso a situações comprometedoras. “Se o gerente for um tanto quanto fraco ou movido de propósitos extras, errados ou coisas assim, e ele não for equilibrado, ele pode muito bem ficar com a tendência, para esse lado do errado. Agora, ele tem que ser bastante equilibrado e se empenhe no dizer sim e no dizer não, pra não se envolver e nem também o exemplo dele envolver outros que ficam com medo de entrar nessa área”, declarou Clauriberto Levy.
O educador Levy analisa que se tem o exemplo do chefe maior, os outros funcionários adentram nessa ‘vereda’ e começam a praticar crimes e outras coisas erradas. “Eu desde 1982 falo a questão da educação de trânsito nas rádios Tapajós e Rural e em outras emissoras em Belém. Se eu quero instruir um público na questão do andar correto, eu de maneira alguma poderia estar do lado de quem procede de forma errada, como por exemplo: aquisição da CNH por meios errados, ilícitos. Eu sempre combati isso e seria hipócrita se continuasse para um lado e para outro ou com tendência para fazer a coisa errada”, afirma.
Levy enfatiza que por conta do seu modo de gerenciar o órgão ficando longe das irregularidades e com alguns superiores tentando lhe levar para o lado errado, pediu cinco vezes para sair da Ciretran de Santarém. “Eu sempre combati isso e alguns não gostaram e como a situação ficou muito embaraçosa, eu pedi cinco vezes para sair. Um funcionário chegou a dizer pra mim: o senhor foi o único que não pediu pra vir e o único que pediu pra sair. Eu pedi pra sair porque fisicamente e psicologicamente isso me abalava muito”, reafirma.



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