BRASIL NOVO NOTÍCIA: Paralização de servidores da Viação e Obras entra no segundo dia em Uruará

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Paralização de servidores da Viação e Obras entra no segundo dia em Uruará

Os funcionários da Secretaria de Viação e Obras do Município de Uruará continuam com suas atividades paralisadas há quase 48 horas. Segundo eles, o salário está com dois meses de atraso. E só irão voltar a trabalhar quando receberem.

O servidor Filemon pediu a compreensão da população e disse que esta é a primeira vez da história do Município de Uruará que os servidores da Viação e Obras paralisam suas atividades. “O primeiro recado que gostaria de deixar é para os moradores, que eles tenham compreensão, porque estamos parados por falta de salário. Mecânicos, garis, serviços gerais, motoristas. Todos nós estamos passando necessidades financeiras.

Esta é a primeira vez que os funcionários da SEVO param.Filemom disse ainda que a prefeitura queria pagar apenas parte dos funcionários, mas eles não aceitaram e enfatizou que “ou a prefeitura paga todos ou ninguém trabalha”. Ele apelou ainda ao Legislativo de Uruará para que os vereadores tenham piedade. “Olhem por nosso lado. Peço aos vereadores que defendam os funcionários públicos. Que fiscalizem e interceda por Uruará”, pediu.O servidor Amaro Francisco disse que todos os servidores da Viação e Obras estão passando necessidades financeiras. “Não tem condições trabalhar com fome. O comércio não quer mais vender. O gás acabou, as faturas venceram. Não temos dinheiro nem pra comprar remédio. A SEVO nunca havia parado, mas agora fomos obrigados a paralisar as atividades”, pontuou.

A presidente interina do Sinspur, Ana Cristina Martins, contou como está a situação e disse que se a prefeitura não pagar os servidores da Viação e Obras até amanhã, dia 29, os funcionários irão entrar em greve. “Após meses recebendo seus salários atrasados a categoria não agüentou e decidiu junto com SINSPUR entrar em ação. Hoje 28 de abril de 2015 os servidores ainda se encontram sem previsão de receber. Ontem (27) pela manhã, reunidos os servidores decidiram não trabalhar enquanto não recebessem o salário. Enquanto conversávamos, o chefe de Gabinete me ligou dizendo que queria conversar comigo. Fui até a Prefeitura e lá estava o secretário de Administração, Marcos Baida; o de Viação e Obras, Edson Ferreira; a advogada Solange e chamaram também o diretor de RH. O secretário Marcos Baida começou a expor as dificuldades da administração, que o FPM está bloqueado, que estavam tentando na justiça o desbloqueio, que queriam resolver com diálogo. Me pediu um voto de confiança e que os servidores mantivessem os serviços essenciais, limpeza e coleta do lixo e manutenção dos carros que fazem esse serviço e dos carros da Secretaria de Saúde. Pedi que ele fosse dar aquelas explicações aos servidores e ele se comprometeu ir à Sevo às 16:00 horas para apresentar uma solução aos servidores e dizer quando poderiam fazer o pagamento. Voltei para a SEVO, passei essas informações ao pessoal e lá ficamos até o meio dia. Saímos para o almoço e retornamos às duas, dentro do horário do expediente. Aguardamos até 16:30 h e nada deles aparecerem. O seu Edson pediu pra eu ligar pra saber se eles viriam, mas eu disse que não iria ligar, pois eles tinham firmado um compromisso comigo e que eu aguardaria mais um pouco, se eles não aparecem eu iria tomas outras providências. O Edson, então ligou para o Baida que mandou nos dar o seguinte recado: Hoje, dia 28, pagaria o pessoal da limpeza e os demais só quando o FPM fosse desbloqueado. O pessoal, é claro, ficou revoltado e decidiram que continuariam a paralisação, o pessoal da limpeza disse que não voltaria a trabalhar se só eles recebessem e marquei para nos reunirmos hoje (28), pela manhã no SINSPUR, para darmos continuidade às discussões e nos preparamos para a greve, caso não haja uma solução (o pagamento)”, disse.

Segundo ela, foi enviado um ofício ao Executivo informando que os servidores só voltarão a trabalhar caso aja uma explicação e efetivação do pagamento. “Estamos aguardando uma resposta decente, com a presença do prefeito ou alguém que nos traga uma solução. Ainda não entramos oficialmente em GREVE, mas entraremos no tempo legal, caso não haja uma solução”, explicou. O vereador Gilmar Milanski, disse que é dever e obrigação da Prefeitura pagar o salário atrasado dos servidores. “Não há como não estar ao lado dos servidores. São pais de famílias que precisam de seus salários. E, eles só querem receber. A prefeitura tem o dever e a obrigação de efetuar o pagamento dos funcionários”, disse.

Os servidores estão cumprindo sua carga horário de trabalho de 08 ao meio dia e das 14 as 18 hs e aguardam um parecer do Executivo de Uruará que até o fechamento desta matéria não sentou com a classe.


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