Brasil Novo Notícias: MORADORES DO BACAJAÍ COBRAM RESPOSTA DO GOVERNO

segunda-feira, 3 de abril de 2017

MORADORES DO BACAJAÍ COBRAM RESPOSTA DO GOVERNO

Uma luta que já completou cinco anos. 153 famílias que viviam na Gleba Bacajaí, região da Volta Grande do Xingu, aguardam um posicionamento da Norte Energia e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, O INCRA. Acostumados a viver da pesca e da agricultura, os antigos moradores tiveram que sair do local para que uma condicionante pela construção da Hidrelétrica Belo Monte fosse cumprida, - a demarcação da terra indígena Arara. Uma área de vinte e três mil hectares. Sem condições básicas como alimentação, transporte e trabalho, estas pessoas fizeram uma reunião na tarde de sábado (01). Elas pretendem tentar outros meios para conquistar o direito à indenização e moradia.
O encontro do movimento dos direitos dos agricultores das Glebas do Ituna, Bacajá e Bacajaí, aconteceu na sede da associação de moradores do Bairro Jardim Independente I, Ambaji. Dona Iracy, pescadora e indígena da etnia mundurucu, divide a casa com o companheiro. Eles vivem com um salário mínimo mensal. Na expectativa de aumentar a renda e sem poder continuar com a profissão que teve por toda a vida, ela começou a catar latinhas na rua. Um acidente, durante a nova atividade, lhe tirou a visão.
Com o apoio de uma advogada, os moradores reclamam da demora da justiça e pretendem ter acesso a seu direito por meio dos governantes. Uma minuta será encaminhada para a assembleia legislativa do estado. Mas, ainda não se pode falar em prazo, o que se espera com esta ação é agilidade.
Flaviano, agricultor, diz que se não fosse o filho que está empregado e a esposa, que costura, já estaria vivendo na rua. Por diversas vezes, os moradores pressionaram o INCRA ocupando a sede do órgão em Altamira. Como resposta, o instituto propôs  que as famílias sejam reassentadas para uma área de Senador José Porfírio, há aproximadamente 100 km de onde moravam.
Reportagem: Juliana Carvalho

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