Três adultos foram presos e armas e drogas apreendidas durante a operação Athos 2, deflagrada pelas polícias Civil e Militar ontem de manhã em Altamira, na região do Xingu. Foram cumpridos mandados judiciais de busca e apreensão na residência de três suspeitos de participação na chacina ocorrida na noite da última quarta-feira, 18, quando sete pessoas foram assassinadas e outras três foram baleadas logo após o homicídio do cabo Anderson Holanda, da Polícia Militar.
Segundo o delegado Vinícius Dias, diretor da Seccional Urbana de Altamira, que coordenou a operação, os mandados foram cumpridos em três endereços no Conjunto Santa Benedita e no bairro São Domingos. Um dos presos foi Luciano Pereira Alves, de 23 anos de idade, que já esteve preso por tráfico de drogas. Também foi presa no mesmo imóvel a cunhada dele, Cléia Soares, de 21 anos. Na casa, foram apreendidos um revólver de calibre 32 e 92 porções de droga preparadas para a comercialização - 40 trouxinhas de maconha e 51 de crack. Também foram apreendidos no local aparelhos celulares e chips de telefone, além de cartões de memória. Os companheiros de Luciano e Cléia, dois adolescentes de 16 e 17 anos, também foram apreendidos e liberados após prestar depoimento. O delegado informou que o companheiro de Cléia já teve passagem pela polícia por tráfico de drogas.
Outro preso foi Robson Costa do Carmo, de 18 anos. Na residência dele foram apreendidos um revólver de calibre 38, uma espingarda de calibre 23 e três armas de fabricação caseira, munições de calibres 20, 22, 38 e nove milímetros, além de uma porção de maconha pesando cerca de 100 gramas. Os presos foram conduzidos até a Seccional Urbana de Altamira, onde foram autuados em flagrante pelos crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico, posse de arma e corrupção de menores.
A operação foi deflagrada por 12 agentes de segurança pública, incluindo policiais civis da Seccional Urbana de Altamira, do Núcleo de Inteligência da Polícia e da Divisão de Homicídios e militares do Grupo Tático Operacional. Também foi apreendida uma motocicleta, que a polícia suspeita que tenha sido usada na prática de algum dos homicídios investigados. Todas as armas foram encaminhadas para o exame de balística no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPC) a fim de verificar se alguma foi usada para cometer alguns dos assassinatos.
“Vamos continuar com a força-tarefa para elucidar os assassinatos. Ainda não sabemos se há relação entre os crimes. Vamos continuar coletando e analisando dados, ouvindo testemunhas e analisando imagens de circuitos de vigilância. Toda e qualquer informação que possa ajudar a elucidar os crimes”, declarou o delegado.
As informações são do jornal O Liberal.
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