De
2013 a 2014, crescimento do trabalho infantil ultrapassou 70%. Segundo o
Dieese, a maioria das crianças está na área agrícola.
Dados do Ministério Público do Trabalho (MPT) apontam que o Pará está
entre os estados do Brasil onde as crianças começam mais cedo a trabalhar de
forma irregular. Somente na região Norte do país, de 2013 a 2014, houve um
grande crescimento no quantitativo de crianças em ocupação, ultrapassando 70%.
Na última semana, crianças e adolescentes foram flagrados vendendo
produtos no meio da rodovia BR-316. “O trabalho infantil ou a ocupação infantil
não é natural e não faz parte desse período da vida da criança, que precisa da
socialização, ou seja, na escola, na família e principalmente na comunidade”,
explica o vice- presidente da comissão da criança e adolescente, Raimundo
Dickson.
Segundo o procurador José Carlos Azevedo, os municípios com histórico de
exploração do trabalho infantil recebem uma verba para a erradicação da
atividade. “A maioria até desconhece a serventia da verba. Aí essa verba fica
parada”, explica.
Área agrícola
O Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) constatou que, no Pará, a maioria das crianças em ocupação está na área agrícola, depois vem o trabalho urbano e o trabalho doméstico.
O taxista José Ribamar teve uma infância pesada, pois começou a
trabalhar desde os 7 anos de idade. ”Eu fui vender as coisas na praia. Eu tive
essa iniciativa para ajudar os meus pais”, relembra.
José Ribamar conta que não quer a mesma realidade para os filhos. “Eu
estou trabalhando até hoje para que eles não passem pelo o que eu passei”,
ressalta o taxista.
Fonte: G1/PA
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