Foto: Osvaldo de Lima |
A Comissão de Minas
e Energia da Câmara dos Deputados concluiu auditoria que apurou possíveis
irregularidades em decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
sobre os atrasos das obras das hidrelétricas de Belo Monte, Jirau e Santo
Antônio.
A
auditoria foi realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e
encaminhada à comissão. A Proposta de Fiscalização e Controle (PFC) 33/15, do deputado Altineu
Côrtes (PMDB-RJ), que previa a auditoria, foi aprovada pelo colegiado em junho
do ano passado.
No
dia 6 de julho, a comissão aprovou o relatório final, do deputado Joaquim
Passarinho (PSD-PA), pelo arquivamento da matéria, na medida em que, segundo
ele, “os objetivos da PFC foram plenamente
atingidos”.
Aneel negou
isenções de multas
O
foco da investigação foi a decisão da Aneel de negar pedidos de isenção de
multas, por atrasos nas obras, dos consórcios responsáveis pela construção das
hidrelétricas.
Segundo
o autor da PFC, a determinação prejudicaria os consórcios Santo Antônio
Energia, encarregado da implementação da hidrelétrica de mesmo nome em
Rondônia; Norte Energia, que constrói Belo Monte, no Pará; e Energia
Sustentável do Brasil, responsável pela usina de Jirau, também em Rondônia.
Porém,
o TCU deliberou pela não existência de irregularidades nos processos decisórios
da agência reguladora e apontou que ações judiciais foram impetradas pelas
concessionárias contra as decisões administrativas da Aneel, assim como foi
deslocada a competência, da agência reguladora para o Ministério de Minas e
Energia, das decisões sobre pedidos de exclusão de responsabilidade das
concessionárias.
Determinações do TCU
O
tribunal de contas determinou:
– ao Ministério de Minas e Energia: definir cronograma para solução da questão
do pedido de exclusão de responsabilidade da Norte Energia S/A, referente às
obras da Usina Hidroelétrica de Belo Monte;
– à Aneel: informar decisões de mérito tomadas pela agência quanto à
concatenação entre a data de entrada em operação comercial da usina
hidroelétrica de Jirau e a da disponibilização do respectivo sistema de
transmissão.
“As
providências adotadas pelo Ministério de Minas e Energia e pela Aneel serão
oportunamente informadas a esta Comissão de Minas e Energia”, salientou Joaquim
Passarinho.
AC
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