O aplicativo tem o cunho social e dá possibilidade
de conhecer doadores de sangue ou medula, já que hoje em dia a dificuldade em
conseguir um doador compatível é extremamente alta.
No país, milhares de pessoas aguardam na fila por
um transplante de órgãos e tecidos. Pensando nisso, e para agilizar o processo
de busca e oferta, cinco estudantes desenvolveram um aplicativo que auxilia
quem precisa de um órgão. O DoeVida é uma aplicativo onde as pessoas se
cadastram, para doar ou até mesmo receber uma doação de sangue e medula óssea.
“A pessoa realiza um pequeno cadastro com as informações principais como o
nome, endereço, telefone e marca a opção se é doadora ou receptora e tipo
sanguíneo” explica Rodney Küster, um dos criadores do software. Matheus
Oliveira Jagi, Caian Monteiro, Guibson Oliveira Krause e Michael Vinicius
participaram de um Hackaton de desenvolvimento mobile no qual tiveram 24 horas
para desenvolver um aplicativo. Os alunos do IFES – Campus Colatina, tiveram a
idéia de criar o app DoeVida.
Da esquerda para direita, os alunos vencedores do Fórum, Michael Vinicius, Matheus Oliveira Jagi, Caian Monteiro, Rodney Schultz Kuster, Guibson Oliveira Krause. |
Ele explica também como é o funcionamento do
mecanismo, que foi vencedor do concurso de desenvolvimento de softwares em
Santa Teresa, organizado pelo Fórum Espírito Livre. “A pessoa é redirecionada
a próxima página onde encontrará todos os doadores ou receptores, de acordo com
o cadastro que ela fizer, por exemplo, se eu me cadastrar como doador aparecerá
para mim todas as pessoas que se cadastraram como receptores e vice-versa”,
informa.
O Brasil registrou crescimento nas doações e
transplantes de órgãos em 2014, de acordo com levantamento da Associação
Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). Foram 7.898 órgãos doados no ano
passado, 3% a mais que em 2013. A taxa de doadores também subiu de 13,5 por
milhão de pessoas para 14,2 por milhão, no entanto, ficou abaixo da meta
proposta pela associação para 2014, que era de 15 por milhão. Além disso, o
índice está longe de alcançar o objetivo de 20 doadores por milhão / pessoa até
2017.
Rodney informa que o objetivo do projeto é
facilitar um encontro mais direto de doadores e receptores, além de ter uma
certeza da doação, já que quem se cadastra é porque realmente deseja fazer a
doação. Outro problema que dificulta a realização dos transplantes é a falta de
autorização da família para a cirurgia. Medida pela chamada “taxa de negativa
familiar”, o índice em 2014 ficou em 46%, apenas 1% menor que em 2013. Em
alguns estados, o percentual de famílias que não aceitam que um parente doe
seus órgãos é ainda maior. Em Goiás, por exemplo, o valor salta para 82%. Em
Sergipe, para 78% e no Acre 73%.
Atualização e desenvolvimento
O DoeVida foi pensado e desenvolvido em 24horas
pelos estudantes, mas segundo Rodney eles já estão pensando em atualização para
o software. “Já pensamos numa atualização para aprimorar o app, como indicar o
hemocentro mais próximo, notificar o usuário quando estiver na data para doar
novamente, implementar tipo um ranking de doações por usuário, dicas de
alimentação para cada tipo sanguíneo, o doador recebe uma notificação todas as
vezes que seu sangue foi utilizado num receptor, enfim, são infinitas
possibilidades”, completa.
Já na fase final de desenvolvimento o app tem
destino certo, já que com o prêmio que recebeu do Fórum Espírito Livre os
alunos irão poder aprimorar o DoeVida. João Fernando Costa Junior, CEO da Rede
Espírito Livre, explica que os jovens ganharam bolsas de estudos em um
curso de pós-graduação em desenvolvimento mobile. “O objetivo é que assim, o
aplicativo possa ser aprimorado, já que o código do app é aberto, podendo ser
aproveitado por outros projetos, bem como aprimorado para outros fins”, explica
João Fernando.
Por: Rodrigo da Costha
Fonte: es24horas
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