O
brasileiro que prepara o alimento em casa foi surpreendido por uma
notícia que vai afetar diretamente o seu bolso. Nesta terça-feira,
a Petrobras anunciou um reajuste de 12,9% no preço do gás de
cozinha (GLP) vendido em botijões de até 13 quilos. O aumento
começa a valer a partir de hoje (11).
Por
meio de nota, a estatal informou que caso seja repassado
integralmente os preços ao consumidor final, a estimativa é que o
valor do botijão suba cerca de R$ 3,09 por unidade. Este é o quinto
aumento no valor do gás de cozinha nos últimos 30 dias. De acordo
com a Associação Brasileira dos Revendedores de GLP (Asmirg), são
comercializados cerca de 34 milhões de botijões por mês. A média
do preço no Centro-Oeste, por exemplo, faz com que o produto seja
vendido a R$ 66. Segundo o presidente da Asmirg, Alexandre Borjaili,
mais um aumento só prejudica o consumidor.
“Um
botijão de gás deveria ser comercializado no Brasil, na ordem, a
venda na portaria, na sua forma mais perceptível, 35 reais no
máximo. E, no entanto, hoje nós já vemos gás a 80, 100 até 105
reais na região centro-oeste, estava tendo gás a esse preço antes
dos últimos dois aumentos da Petrobras”.
A
assistente administrativa Regiane Costa, moradora de Brasília, gasta
de quatro a cinco botijões por ano. O aumento, segundo ela, vai
pesar no orçamento. Da última vez que comprou, há quase dois
meses, ela pagou quase R$ 60 no produto.
“Olha,
eu acho que eu paguei uns R$ 56, mais ou menos, há uns dois meses.
Eu fico muito tempo com um, esse lá ainda estava na promoção.”
Os
aumentos sucessivos no preço fazem com que quem depende do gás de
cozinha busque alternativas para suprir a falta do produto. Um
exemplo, segundo o presidente da Asmirg, é a utilização de uma
mistura perigosa de álcool e gasolina. Ele lamenta ainda que o gás
seja tão caro para os cidadãos.
“São
duas situações graves que envolvem o consumidor. Primeiro ele
começa a buscar o gás no mercado paralelo, com ilegais, então você
não sabe quem está entrando na sua casa.”
Segundo
dados da Asmirg, o Brasil conta com 75 mil revendedoras de gás. Em
algumas capitais, como o Rio de Janeiro, o preço pode variar de 49
até 85 reais. Na capital federal, os valores giram em torno de 55 a
75 reais. Em São Paulo e Manaus, os consumidores gastam, em média,
75 reais e 73 reais respectivamente.
Por: Tácido Rodrigues
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