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© Shealah Craighead/Casa Branca Câmara dos Deputados dos EUA abriu inquérito de impeachment contra Donald Trump na última semana |
Ao menos 224
dos 435 integrantes da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos dizem
apoiar o avanço do impeachment do
presidente Donald Trump, acusado de ter condicionado repasse à Ucrânia a uma
investigação contra Joe Biden. É o que aponta levantamento da revista
norte-americana TIME.
Todos os deputados que compõem o
número são democratas (partido de oposição a Trump), exceto o deputado independente
Justin Amash, de Michigan, ex-republicano.
Segundo a contagem da revista,
12 democratas não disseram explicitamente se apoiam a investigação e 1 deles
disse que se opõe. Nenhum membro do comitê republicano disse que apoia a
investigação de impeachment.
Para aprovar o impeachment na
Câmara e fazer o processo avançar ao Senado, são necessários ao menos 218
votos.
Segundo o jornal The New York
Times, o número de democratas que apoiam o inquérito na Câmara cresceu em mais
de 80 membros desde 2ª feira (24.set.2019).
A Câmara americana instaurou
processo de impeachment contra o presidente Donald Trump após divulgação de
documento relativo a 1 telefonema entre Trump e o presidente da Ucrânia
Volodymyr Zelensky.
Na ligação, o presidente norte
americano pressiona o líder ucraniano a investigar Joe Biden (pré-candidato
democrata às eleições de 2020 líder nas pesquisas) e seu filho, Hunter Biden.
Em 1 vídeo que divulgou no
último sábado (28.set), Trump se refere ao
caso como “maior fraude da política americana”.
Ainda que o processo avance na
Câmara, o impeachment não deve prosperar no Senado, onde o partido republicano
detém 53 cadeiras, contra 47 dos democratas. Para a deposição de Trump, são
necessários 2/3 dos votos no Senado: 67 senadores.
Os democratas precisariam de 20
votos de republicanos para aprovar o deposição de Trump, o que é improvável. O
cenário deve ser similar ao que aconteceu com o ex-presidente Bill Clinton. Em
1998, o democrata foi afastado pela Câmara e “salvo” pelo Senado. Além de
Clinton, os EUA tiveram apenas mais 1 inquérito de afastamento instaurado. O
processo de Andrew Johnson, em 1868, teve o mesmo destino do que viria a
ocorrer 130 anos depois.
Entenda o caso
Por que Trump será investigado e
pode ser alvo de impeachment? Eis 1 resumo:
perseguição
a Joe Biden –
o presidente dos EUA teria incentivado o governo da Ucrânia a investigar
seu adversário político Joe Biden (democrata);
informante
anônimo –
em agosto 1 agente ainda não identificado do setor de inteligência dos EUA
disse haver indícios de que Trump pressionava o presidente da Ucrânia,
Volodymyr Zelensky, para fazer a investigação contra Biden;
O filho de Joe Biden – na realidade o caso se referia a uma empresa de
energia ucraniana, o Grupo Burisma, na qual trabalhou Hunter Biden (filho
de Joe Biden) como membro do conselho da companhia. Havia suspeita de
alguma irregularidade cometida por Hunter e esse tipo de informação seria
útil para Trump usar contra Joe Biden em 2020, quando o democrata deve ser
candidato à Casa Branca;
Pressão
por verbas –
enquanto Trump teve contato com Zelensky, o governo dos EUA estava
segurando milhões de dólares em ajuda militar para a Ucrânia, uma verba
que já havia sido aprovada pelo Congresso;
Crime
possível –
o possível desvio de Trump foi pressionar 1 governo estrangeiro a
investigar a família de 1 adversário político e ao mesmo tempo ter
barganhado com verbas federais para incentivar essa ação.
Fonte:
MSN/Poder360
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