O produtor de
amêndoas de cacau, Belmiro Faes, do município de Medicilândia, na
Transamazônica, venceu o primeiro concurso de amostras mais bem avaliadas da
edição 2019 do Festival Internacional do Chocolate e Cacau. O resultado saiu na
noite deste sábado (21), no Hangar – Centro de Convenções. Em segundo e
terceiro lugares, ficaram os produtores Amadeu Coelho Braga e Hélia Félix
Moura, respectivamente, da ilha de Cotijuba, e de Medicilândia. Hélia Moura é
associada à Cooperativa Agroindustrial da Transamazônica (Coopatrans). A
competição inédita na programação do evento teve 18 candidatos inscritos.
O júri da competição reuniu profissionais especialistas em cacau e chocolate
tanto do Centro de Inovação do Cacau, com sede em Ilhéus, na Bahia, como da
Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac).
De acordo com uma
das juradas da competição, a doutora em Biotecnologia, Adriana Reis, gerente de
Qualidade e Relacionamento do Centro de Inovação do Cacau de Ilhéus, a seleção
das amostras contemplou as fases de análise físico-química, realizadas no
laboratório de classificação do Centro de Inovação do Cacau em Ilhéus bem como
a análise química e sensorial de liquor, conforme ocorre em eventos já
consolidados como o Salão de Chocolate de Paris e também no I Concurso Nacional
de Qualidade de Cacau, em fevereiro de 2019, em Ilhéus.
A biotecnóloga
afirmou que a ideia é fortalecer cada vez mais os concursos regionais para que
eles funcionem como seletivas para os nacionais e esses para os mundiais. “Por
vezes, o produtor não tem o conhecimento técnico que a amostra dele é boa, ele
ainda comete alguns erros na hora de enviar as amostras, fato. Então, esse
concurso regional é uma seletiva para se saber quais são as melhores amostras.
Esses três vitoriosos, de agora, têm de mandar suas amostras para o nacional e
eles têm chances de ganhar”, enfatizou ela.
Ela se
impressionou com as amostras paraenses da cacaicultura brasileira. “Tem muitas
joias escondidas aqui. O que a gente percebeu como um todo é que são amostras
de excelente qualidade, algumas ainda precisam focar para corrigir defeitos mas
têm muito potencial aromático. O cacau do Pará vem se caracterizando como um
cacau suave com notas cítricas, amendoadas, florais. Ele tem uma certa
adstringência aveludada. E essa constituição é muito interessante e o mercado
demanda bastante’’, opinou a biotécnica do Centro de Inovação de Ilhéus.
Fonte: Agência
Pará
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