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O governador Helder Barbalho também participou da visita técnica e expôs aos empresários a importância dessa parceria para a ressocialização dos internos. |
Capacitar a mão de obra dos internos
para promover novas oportunidades de reinserção social. Esse é um dos objetivos
do projeto Unidades Prisionais Produtivas da Superintendência do Sistema
Penitenciário do Pará (Susipe) que, nesta quinta-feira (26), recebeu os
representantes do Sindicato das Indústrias Minerais do Pará (Simineral),
Federação das Indústrias do Estado (Fiepa), Federação da Agricultura e Pecuária
do Pará (Faepa), Sindicato da Indústria da Construção do Pará (Sinduscom), além
de outros empresários, no Complexo Penitenciário de Santa Izabel.
Na ocasião, os visitantes tiveram a
oportunidade de conhecer os espaços da unidade prisional, detalhes do projeto e
ainda o trabalho de atuação da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária
(FTIP). "Nós vamos mostrar aqui que o Complexo de Americano está cada
vez mais seguro e nós temos mão de obra no sistema penitenciário que quer
trabalhar e produzir", disse o secretário Extraordinário para Assuntos
Penitenciários, Jarbas Vasconcelos.
O governador Helder
Barbalho também participou da visita técnica e expôs aos empresários a
importância dessa parceria para a ressocialização dos internos. "Nós
estamos trazendo empresários e líderes de segmentos da nossa economia para
fazer um chamamento, para que eles possam aproveitar esta mão de obra, que é
ociosa e mais barata, mas acima de tudo pela oportunidade de ressocialização.
Nós temos a obrigação de demonstrar ao apenado que é possível ter um horizonte,
uma esperança e uma oportunidade nova para sua vida”, ressaltou.
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De acordo com a Susipe, o modelo do projeto de utilizar o espaço das unidades prisionais para executar atividades produtivas com a mão de obra carcerária é uma tendência moderna. |
O chefe do Executivo estadual estava
acompanhado da primeira-dama, Daniela Barbalho, do vice-governador, Lúcio Vale,
e do deputado Chicão. O vice-governador pontuou os benefícios mútuos do
programa. "Os empresários, além de poderem contribuir com a reinserção do
apenado, também ganham no sentido do custo que é menor", disse Lúcio.
O coordenador institucional da FTIP,
Maycon Rottava, fez uma apresentação do trabalho dos agentes nas unidades
prisionais do estado e mostrou a evolução da organização nas unidades
prisionais onde o grupo atua diretamente. Ele também destacou a importância da
ocupação dos internos durante o cumprimento da pena.
"Esse é um dos protocolos que a
Força de cooperação busca. Fazemos o primeiro contato, que é a ocupação, a
implementação de procedimentos, para no final das ações chegarmos ao trabalho
de ressocialização e busca de presos com disciplina que cumpram os requisitos
para sair do sistema penitenciário com algum encaminhamento", destacou
Maycon.
De acordo com a Susipe, o modelo do
projeto de utilizar o espaço das unidades prisionais para executar atividades
produtivas com a mão de obra carcerária é uma tendência moderna. A intenção é
aumentar a quantidade de presos que trabalham e estudam, porque não há
reincidência com a criminalidade com os apenados que realizam as duas
atividades. Outro ponto importante é que a cada 3 dias de trabalho a pena do
interno é reduzida em 1 dia.
Os empresários que participaram da
visita ao Complexo Penitenciário de Santa Izabel avaliaram de uma forma
positiva as transformações que a unidade passou com a atuação da FTIP, e têm
expectativas para atuar em parceria com o projeto.
"Estrategicamente falando, o
Complexo Penitenciário de Santa Izabel é o ideal para a implantação de um polo
industrial das mais variadas atividades, desde que compatíveis com a segurança
dos internos e, naturalmente, com a segurança do local. A Faepa vê com muito
bons olhos isso", disse Vilson Schuber , vice-presidente da
Federação.
Quem contratou internos para
trabalhar na produção compartilha as experiências positivas obtidas e estimula
os outros empresários a participarem desse projeto. É o caso do Júnior
Zamperlinni, empresário de Capitão Poço, que trabalha na produção de laranjas
no nordeste do Pará e há quatro anos contratou internos do sistema prisional.
No início, contava com 10 apenados e hoje são 30, e a ideia é expandir ainda
mais.
"Nunca tivemos problema algum
com os internos. Economicamente é bom e é bom também poder fazer a parte
social. Esse convite de trazer a empresa para dentro do sistema prisional é uma
oportunidade boa e pretendemos instalar uma fábrica de sacolas para que sejam
fabricadas aqui dentro”, planejou Zamperlinni.
Unidades Prisionais Produtivas – A Superintendência do Sistema
Penitenciário do Pará fez um chamamento, por meio de um edital público, para os
empresários que têm interesse na utilização do espaço público das unidades
prisionais, para executar atividades produtivas com mão de obra carcerária. A
exigência é que a empresa atenda todos os termos do edital, aberto até o dia 4
de outubro.
Força-Tarefa – 120 agentes da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária
continuam a atuação nas unidades prisionais. O trabalho do grupo iniciou em
agosto deve se estender por pelo menos mais 30 dias – prazo este que pode ser
prorrogado. O governador do Estado destacou a importância dessa parceria.
"A parceria da Força de
Cooperação tem sido fundamental para que possamos estabelecer um novo ambiente
no sistema penitenciário do estado, estabelecer regras, normas, garantir
direitos e, acima de tudo, assegurar que o Estado é capaz de fazer valer as
decisões da Justiça, que este seja um ambiente adequado para a custódia e o
cumprimento das penas, mas também adequado para o processo de reeducação, de
ressocialização", finalizou Helder Barbalho.
Por: Laíse Coelho
(SECOM)
Fonte: Agência Pará
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